Divulgação Governo SP

O governador do Estado, Ratinho Junior, afirmou que a vacina contra a Covid-19, deve estar disponível para os paranaenses a partir de março do próximo ano. Ele participou de uma entrevista nesta manhã de sexta-feira, 11 de dezembro, no Palácio Iguaçu, ao Meio Dia Paraná, telejornal da RPC, afiliada da Rede Globo, acompanhado do secretário de Saúde do Estado, Beto Preto, que detalhou o plano de vacinação no estado.

O governador Ratinho Junior ressaltou que a vacina representa uma esperança, mas que ainda vai demorar uns quatro meses. “Então é importante manter as três regras básicas de saúde que é de lavar as mãos, com o uso do álcool gel, máscara”, afirmou. “E pedimos a colaboração de nossos jovens em não se aglomerar neste final de ano, evitar os churrascos e as festas de fim de ano”, afirmou Ratinho Junior.

Segundo o governador, a data exata ainda depende das negociações que estão em andamento entre o governo federal e os laboratórios das vacinas, e as liberações da Anvisa para aplicação dos imunizantes. 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prevê que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca tenha o registro aprovado pela Anvisa no fim de fevereiro.

Levando em consideração o uso emergencial das vacinas para profissionais de saúde, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, disse que estes trabalhadores no Paraná podem ser vacinados mais cedo, ainda no começo de fevereiro.  São cerca de 250 mil profissionais de área de saúde, os idosos com mais de 80 anos e os que estão em asilos. “Nós vamos seguir as normas do Ministério da Saúde, que prevê que o início do cronograma de vacinação para o final de janeiro começo de fevereiro”, disse.  O Paraná tem 1.850 salas de vacina distribuídas nos municípios do Estado.

Ratinho Junior afirmou que o plano estadual prevê a compra de câmaras frias para armazenamento das doses com recursos que devem ser repassados pelo Ministério da Saúde e a licitação está prevista para acontecer até março.

O estado precisa destes equipamentos porque o imunizante produzido pelos laboratórios Pfizer e BioNTech, por exemplo, que começou a ser aplicado no Reino Unido, precisam ficar a -70º. Já a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, tem que ser mantida entre 2º e 8º.

Segundo o plano estadual, há cerca de 50 câmaras frias previstas para serem entregues no estado nas próximas semanas, e freezers e equipamentos de ar condicionado já foram adquiridos. Até fevereiro, o governo estadual prevê a aquisição de outras 110 câmaras frias para 98 municípios com até 100 mil habitantes.

MATERIAL – O governador citou as estratégias já estabelecidas pela Secretaria de Estado da Saúde, entre elas a aquisição de 11 milhões de seringas e a abertura de registro de preço para aquisição de mais 16 milhões de unidades; a contratação de mais de 200 câmaras frias e quatro contêineres de 40 pés para armazenamento. Além disso há uma preparação de 1.850 salas de vacinações já existentes em parceria com os municípios, e uma licitação de R$ 22 milhões para comprar mais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

“Estamos organizados em termos logísticos e de equipamentos, com agulhas, seringas, câmaras frias e profissionais. E torcendo para que a vacina ou as vacinas venham o quanto antes, independente da bandeira e da origem. Olhamos em cima de uma metodologia. É o compromisso do Governo do Paraná”, disse Ratinho Junior.

VACINAS – O governador também ressaltou que o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) se colocou à disposição de diversos laboratórios de todo o mundo para a transferência de tecnologia e que, existindo garantias de eficiência e segurança de imunização, o Governo do Estado poderá ativar um processo de compra.

Ele citou que o acordo com o Instituto Gamaleya (Rússia) ainda está em vigor e que depende de documentação para ativar o protocolo de fase 3 na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o Estado realizou uma reunião em outubro com a Pfizer e vem conversando com outros laboratórios que desenvolvem vacinas, como a Oxford/AstraZeneca e a Coronavac/Butantan.

“O sistema de imunização do País é conduzido pelo governo federal. Não é um laboratório que vai resolver a questão, mas vários laboratórios fornecendo as vacinas para os países. Não vamos fazer o paranaense ser cobaia. Vamos aplicar as vacinas cientificamente eficazes. Não serão vacinas políticas, mas com segurança para trazer a imunização necessária”, disse Ratinho Junior.

UNIÃO – O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, afirmou que o Paraná trabalha em parceria com o governo federal e com os municípios diariamente. Ele citou que todas as 399 cidades terão acesso ao imunizante e precisam estar preparadas para o momento da vacinação.

“Trabalhamos em alinhamento com o Plano Nacional de Imunização (PNI), criado em 1973 e responsável pela erradicação e atenuação de diversas patologias”, explicou. Ele reforçou o processo de compra de materiais e equipamentos para o processo de vacinação. “O Paraná está preparado para toda a logística do material imunibiológico”.

Beto Preto falou que o calendário de imunização respeitará o cronograma nacional e deverá priorizar os trabalhadores de saúde e idosos/grupos de risco, mas não descartou a possibilidade de ações mais ostensivas em áreas de muita circulação e para outros grupos.

“As salas de vacina do Paraná contam com profissionais experientes. Fizemos uma capacitação em 2019 com 1.200 vacinadores. É uma rede robusta. Também temos expertise de distribuição para todo o Estado. Contratamos quatro contêineres refrigerados de 40 pés para armazenamento de 100 mil doses de vacinas cada”, explicou, revelando que o armazenamento será no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar).

ALERTA – O governador Ratinho Junior também destacou que a população do Paraná tem demonstrado respeito e compromisso com o próximo no combate à pandemia. Ele lembrou a ativação de 2,8 mil leitos em todas as regiões do Estado desde o começo da pandemia e o esforço ininterrupto de profissionais da saúde das redes pública e privada para ajudar os paranaenses a enfrentar essa crise.

“Temos que agradecer os profissionais de saúde e reforçar a mensagem: continuem se cuidando. Temos que lavar as mãos, passar álcool em gel, usar a máscara e evitar ficar próximos. A vacina ainda é uma esperança. Nesse momento precisamos da colaboração dos jovens. É uma época em que as pessoas costumam se reunir, mas não podemos descuidar”, disse o governador.  “Ano que vem a gente volta à normalidade e se abraça”.

Ele também citou o decreto que restringe a circulação de pessoas das 23h às 5h e impõe novas medidas para conter o avanço da nova onda de casos. “A estratégia utilizada nos últimos dias para controlar a circulação de madrugada tem dado resultado, ajudou a amenizar o estresse no sistema hospitalar. Já registramos uma queda de 35% a 40% de traumas, o que tem ajudado os profissionais da saúde”, concluiu o governador. “É uma medida que atende quem trabalha no sistema e alivia a pressão dos policiais para poder assessorar a saúde”.

Confira as medidas que estão em andamento:

– 11 milhões de seringas já adquiridas;

– Registro de preço para aquisição de 16 milhões de seringas;

– 21 câmaras frias já adquiridas e 180 em processo de aquisição;

– Contratação de 31 câmaras frias para armazenamento em parceria com o governo federal;

– 1.850 salas de vacinação aptas, em estratégia com os municípios;

– Possibilidade de ampliação de locais de vacinação com a estratégia extramuros;

– R$ 200 milhões na LOA 2021 para aquisição de vacinas;

– Abertura de processo de aquisição de agulhas;

– R$ 22 milhões para aquisição de EPIs: máscaras, luvas, gorros, avental, algodão;

– Freezers (produção de gelo) e equipamentos de ar-condicionado já adquiridos;

– 4 contêineres refrigerados de 40 pés para armazenamento de 100 mil doses de vacinas cada no Cemepar;

– 17 ª Regional de Saúde já locou um contêiner de 20 pés para armazenamento de 50 mil doses de vacina;

– 4 caminhões refrigerados para distribuição vacinas e possibilidade de aquisição de novos veículos;

– Perspectiva de implantação de câmaras modulares para armazenamento de frios nas 22 Regionais de Saúde;