O conselho de Ética do Solidariedade decidiu expulsar a vereadora Katia Dittrich do partido. Ela é acusada de ficar com parte dos salários de ex-assessores. A vereadora – que nega as acusações – responde a processo na Câmara Municipal de Curitiba. A comissão que analisa o caso deve apresentar seu relatório amanhã.
A parlamentar afirmou que em nenhum momento foi notificada pela sigla para se defender. Ela voltou a alegar que as acusações seriam parte de um complô para tirá-la do cargo. Quando as denúncias vieram à tona, Katia Dittrich atribuiu o suposto complô ao suplente e ex-vereador Zé Maria (SD), que nega relação com o caso.
Em nenhum momento tive alguma notificação, não dá para entender essa notificação (divulgada) na imprensa, falou. Eu sou inocente e estou sendo vítima de um complô. E cada dia esse complô se torna mais evidente. Eu tenho certeza da minha inocência e o pessoal na rua já está vendo isso, afirmou ontem. Fiquei sabendo (da expulsão) pela imprensa. Eu tenho endereço fixo, trabalho aqui na Câmara e não recebi nenhum tipo de notificação. Isso só me traz indignação. Por que dois dias antes do relatório final da minha comissão processante?, afirmou a vereadora, que pretende recorrer da decisão do partido.
No documento em que comunicou a expulsão, o presidente do Conselho de Ética do Solidariedade, Flávio Aurélio Nogueira Junior, diz que a vereadora foi chamada a apresentar sua defesa em razão das graves acusações feitas, usurpação do salário de seus funcionários (sic). Em outro trecho, diz que Katia simplesmente negou as acusações sem mencionar qualquer defesa, ou nomear qualquer testemunha em seu favor.
Após a apresentação do relatório pela comissão, ele deverá ser votado em plenário. Para a cassação do mandato, são necessários votos de pelo menos dois terços dos vereadores ou 26 parlamentares. Se a marca não for atingida, ocorre o arquivamento do processo.