CMC/arquivo – Fabiane Rosa (PSD): preventiva

A vereadora Fabiane Rosa (PSD) foi presa, ontem em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MPPR).Ele é acusada de esquema de “rachadinha”, quando agente público se apropria do salário de pessoas que trabalham no gabinete. Os agentes do Gaeco também cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete dela.
O gabinete e a defesa da parlamentar informaram, por meio de nota, que a investigação se trata de uma denúncia feita por ex-funcionários afastados das funções por decisão unilateral da vereadora.
O advogado de Fabiane Rosa, Jeffrey Chiquini, afirmou que a “denúncia em questão foi feita por ex-funcionários afastados de suas funções por uma decisão unilateral da vereadora. Não houve qualquer prática ilegal durante o mandato. Tem-se um pedido de prisão precipitado, amparado em fatos pretéritos e sem sustento probatório”, diz trecho da nota. Ele disse ainda que a “verdade será restabelecida”.
O mandado de prisão foi emitido pela juíza da 2ª Vara de Curitiba, Carmem Lúcia de Azevedo e Melo, que apontou suspeita de crime de concussão, que é usar o cargo público para obter vantagem. A vereadora foi presa preventivamente, sem prazo determinado e encaminhada para o presídio feminino de Piraquara (região metropolitana de Curitiba.
Antecedentes – Em 2017, outra vereadora de Curitiba, Kátia Dittrich (SD), foi acusada por ex-funcionários comissionados de exigir parte dos salários que recebiam na Casa, quando trabalharam no gabinete dela, sob pena de serem exonerados, caso não fizessem o repasse.
Na época, eles disseram que os pedidos de dinheiro eram feitos tanto pela vereadora, quanto pelo marido dela, Marcos Whiters. Segundo os ex-funcionários, era ele quem exercia o mandato da vereadora. O grupo afirmou que os valores pedidos pelo casal variavam conforme o salário que cada um recebia.
Na denúncia, os ex-funcionários também apresentaram comprovantes de depósitos e transferências bancárias. Um deles mostra que R$ 1 mil saiu da conta de um dos ex-funcionários e caiu na conta de Kátia. A Câmara abriu uma Comissão Processante que recomendou a cassação do mandato. A defesa da vereadora conseguiu a anulação do processo na Justiça. Novo processo foi aberto e novamente suspenso pela Justiça. A vereadora foi condenada a seis anos de prisão pelo juiz José Daniel Toaldo, da 11ª Vara Criminal, mas recorreu ao Tribunal Regional Federal da 4ª região.