Geraldo Bubniak – Torcedores do Athletico na Arena da Baixada

O Athletico Paranaense divulgou nota oficial nessa quarta-feira (dia 27) repudiando decisão do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR). Na última segunda-feira (dia 25), um julgamento em primeira instância, na 1ª Comissão Disciplinar do TJD-PR, decidiu punir o clube com multa de R$ 200 mil e suspender o presidente Sallim Emed por 360 dias.

Nessa quarta-feira, o Athletico reagiu com agressividade. “Dentro deste contexto, o Athletico antecipa que qualquer ato de violência que possa vir a ocorrer em jogos que tenham que se realizar com esta divisão de torcidas será responsabilidade exclusiva do TJD-PR. O Athletico não admite ser prejudicado desta maneira, sendo reconhecidamente o clube do futebol brasileiro que mais investe e se preocupa com o combate à violência e o retorno das famílias ao estádio”, afirmou.

Veja abaixo a nota oficial do clube, na íntegra:

“O Athletico Paranaense foi surpreendido, na última segunda-feira (25), pela decisão proferida pelos membros da 1ª Comissão Disciplinar do TJD-PR (Dr. Rodrigo Fedatto, Dr. Gabriel Sprea Torquarto e Dr. Leonardo Reichmann Moreira Pinto), envolvendo a partida entre o Athletico e o Coritiba Foot Ball Club.

O Athletico foi penalizado por quatro condutas, que na verdade é uma só, com uma pena de 200 mil reais (metade da quantia que o Athletico recebeu pela cessão dos direitos de televisionamento de todo o campeonato). Já o presidente do Conselho Administrativo, Luiz Sallim Emed, recebeu uma pena de suspensão por 360 dias (quase 1 ano), o que sequer era pedido do Procurador Geral do TJD-PR, Dr. Pedro Henrique Val Feitosa.

As acusações ao Athletico foram de promover a venda de vouchers ao invés de ingressos; não disponibilizar cinco pontos de venda de ingressos; não destacar setor reservado à torcida visitante; e restringir o acesso de torcedores visitantes portando vestimentas.

Por sua vez, a acusação ao presidente Luiz Sallim Emed foi a de descumprir decisão da Presidência do TJD-PR proferida na antevéspera da partida.

Sem adentrar aos aspectos legais da medida intentada pelo Procurador Geral do TJD-PR (que sequer deveria ser recebida), bem como da decisão tomada pelos auditores acima nominados (sem lastro, de forma desproporcional e em contrariedade à Lei), o Athletico vem por esta nota repudiar veementemente esta premeditada e teratológica decisão tomada pelos membros da 1ª Comissão Disciplinar do TJD-PR.

Na verdade, o TJD-PR assumiu atribuição que não é sua para ir contra um projeto de iniciativa do Ministério Público Estadual e que busca a paz nos estádios. Para isto, organizou-se nos bastidores e realizou manobras ou malabarismos para punir o Athletico de qualquer jeito e no maior montante possível. Quis fazer valer uma condição que não está prevista no regulamento da competição ou na Lei.

Dentro deste contexto, o Athletico antecipa que qualquer ato de violência que possa vir a ocorrer em jogos que tenham que se realizar com esta divisão de torcidas será responsabilidade exclusiva do TJD-PR.

O Athletico não admite ser prejudicado desta maneira, sendo reconhecidamente o clube do futebol brasileiro que mais investe e se preocupa com o combate à violência e o retorno das famílias ao estádio.

Deste modo, informa aos seus Sócios e torcedores que adotará todas as medidas jurídicas cabíveis para que esta injusta punição seja revertida o mais breve possível.”