A roupa veste você ou é você quem veste a roupa? Antes de responder, pense em Lady Gaga durante a cerimônia do Oscar: deslumbrante com um vestido preto assinado por Alexander MacQueen e o “diamante da Tiffany” de 128 quilates pendurado no colar. Se substituir a cantora por outra celebridade, vestido e colar não seriam mais os mesmos. Isso porque a mulher-que-recebeu-mais-estatuetas-em-uma-única-noite parecia ter nascido com o modelo de anquinhas. O segredo está no autoconhecimento, de suas formas, cores e voz, além de saber que todo mundo está sempre de olho nela – seja coberta de diamantes ou de carne.
Veja outro exemplo: o mesmo diamante já enfeitou o pescoço de Audrey Hepburn, em 1962, na época de Bonequinha de Luxo. E ela também estava com um vestido preto perfeitinho de Givenchy. A atriz foi durante toda vida um símbolo de elegância, delicadeza e beleza. O pulo da gata? Conhecer seu corpo, saber o que lhe caía bem, gostar de si mesma e ter a esperteza de usar isso tudo a seu favor. E para nós, estrelas da vida cotidiana, a lógica é a mesma.
A roupa é um artifício de linguagem incrível, você só precisa saber o que quer comunicar com ela. E não serve só para eventos especiais. A gente faz isso todos os dias. Com a calça jeans, o tênis, o scarpin de couro colorido ou o casaco de oncinha.
O que você veste é instrumento, é microfone, é cartão de vistas. E é disso que a gente vai conversar por aqui na coluna Modaterapia, toda semana. Vai ter moda, comportamento, autoconhecimento, consumo, economia criativa, beleza e coisas que rolam pelo mundo.
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A elegância eterna da Bonequinha de Luxo vivida por Audrey Hepburn
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Em dois looks de desfile da Bottega Veneta, o pretinho básico vira vestido despretensioso e produção com inspiração masculina
