Narley Resende – Advogado Ramon Bentivenha

O presidente do Sindicato dos Motoboys do ABC Paulista, Jeferson de Menezes, de 39 anos, que foi baleado no pescoço em um atentado a tiros ao acampamento de apoio ao ex-presidente Lula no dia 28 de abril, em Curitiba, fará nesta tarde quinta-feira, (3), um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Jefferson recebeu alta do hospital na última terça-feira (1º) e prestou depoimento nesta quinta, (3), na delegacia de homicídios e proteção à pessoa de Curitiba.

Mesmo com dificuldade na fala, Jefferson conseguiu relatar o que viu naquela madrugada. Ele chegou à delegacia às 10 e meia da manhã e o depoimento começou às 11 e meia. Por orientação do advogado Advogado Ramon Bentivenha, do escritório Bentivenha Advocacia Social, Jeferson entrou sem falar com a imprensa.

De acordo com a Polícia Civil, se o laudo do IML apontar que houve gravidade no ferimento, Jeferson deverá voltar ao instituto para outro exame que comprove risco de morte. Isso pode agravar o crime investigado. Outras testemunha já ouvidas pela Polícia Civil nesta semana disseram que Jeferson estava dormindo quando a confusão começou, por volta das 4 horas da madrugada.

As testemunhas contaram que um carro passou e ocupantes fizeram ameaças. Com isso, foram disparados rojões e pedras foram atiradas contra o veículo por seguranças do acampamento. A intenção seria espantar os agressores. Um ocupante do carro teria dito que voltaria para “matar todo mundo”. O homem voltou e disparou diversos tiros.

Nesse momento, Jeferson já estava acordado, na rua, em frente ao acampamento, quando foi atingido. O projétil atravessou o pescoço. Outra testemunha, identificada apenas como Marcelo, que fazia a segurança do acampamento naquela madrugada, também foi ouvida nesta quinta.

A delegada Sabrina Alexandrino, responsável pelo inquérito, mantém sigilo sobre a investigação. Imagens de câmeras de segurança de residências da região, que mostram o momento que o homem faz ao menos oito disparos, foram recolhidas pela polícia. O suspeito ainda não foi identificado.