MOSCOU, RÚSSIA (UOL/FOLHAPRESS) – A França se tornou bicampeã mundial com uma atuação de gala e uma vitória por 4 a 2 sobre a Croácia no estádio Lujniki, em Moscou. Foi o placar com mais gols em Copas do Mundo desde 1966, quando a Inglaterra bateu a Alemanha também por 4 a 2 no Wembley, em Londres.

A diferença é que os ingleses precisaram da prorrogação para chegar ao resultado, depois de empatarem por 2 a 2. Levando em consideração somente o tempo normal, a marca alcançada não acontecia desde 1958, na vitória por 5 a 2 do Brasil sobre a Suécia.

Eram duas décadas, por exemplo, sem que uma final chegasse pelo menos a três gols. A própria França havia conseguido isso em 1998 ao derrotar o Brasil por 3 a 0 em Paris.

O número de gols obviamente ajudou, mas não foi só isso que tornou a decisão do Mundial da Rússia a mais animada dos últimos anos. A postura das duas equipes tornou o jogo mais agradável do que as últimas três finais, marcadas por partidas mais amarradas, tensão e preocupação defensiva. Em 2014, quando a Alemanha bateu a Argentina por 1 a 0 somente na prorrogação, os times arriscaram somente 20 finalizações. Neste domingo, foram 23 apenas no tempo normal.

A Croácia se lançou ao ataque desde o começo, com uma marcação adiantada que complicava a saída de bola dos franceses. A resposta dos “bleus” para chegar ao bicampeonato foi um jogo de muita concentração e saída rápida para definir os lances ofensivos. Ter pontas velozes e habilidosos como Antoine Griezmann e Kylian Mbappé permitiu à França adotar esse estilo. E o bom desempenho de Paul Pogba para lançá-los foi essencial.

A própria partida também correu de forma mais fluida do que as finais anteriores. Foram somente 27 faltas cometidas. Em 2014, foram 36. Já em 2010, a Espanha foi campeã ao vencer a Holanda por 1 a 0 na prorrogação em confronto com 47 faltas.