O ex-governador e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB), conseguiu decisão da Justiça para voltar ao horário eleitoral. Richa havia ficado fora do ar depois de ser preso na operação Rádio Patrulha, que investiga suspeitas de fraudes em licitações para obras de escolas. Decidiu então recorrer contra a coligação da governadora e candidata à reeleição, Cida Borghetti (PP), que tentou retirá-lo da disputa. A juíza eleitoral Graciane Lemos, a pedido do PSDB, determinou a exibição dos programas eleitorais do tucano.

Cortado
Ainda na noite de segunda-feira, Richa conseguiu voltar à propaganda eleitoral, com um vídeo no qual se defende das acusações do Ministério Público. Sua fala, porém, foi cortada na metade, porque a coligação não quis abrir mão do espaço reservado para o outro candidato ao Senado, deputado federal Alex Canziani (PTB). 

Estado policial
No vídeo, Richa diz ter sido vítima de um “estado policial” que estaria se instalando no Paraná. “O que aconteceu comigo, com a minha mulher Fernanda e meu irmão José Richa Filho, constitui, como reconheceu o próprio Supremo Tribunal Federal um ato de violência cujo viés político é muito claro. Queriam atingir a minha candidatura ao Senado. Queriam liquidar a minha trajetória política. Queriam me destruir moralmente há muito tempo”, afirmou.

Recurso
O Paraná vive nas eleições deste ano uma situação inusitada, em que dois candidatos brigam com suas próprias coligações pelo direito de concorrer. Além de Richa, o candidato do PSL do presidenciável Jair Bolsonaro, Ogier Buchi, também está nessa situação. Buchi – que teve o registro impugnado pelo próprio partido teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral, mas entrou com recurso. Enquanto o mesmo não for julgado, ele poderá continuar em campanha, inclusive ocupando o horário eleitoral. 

Audiência
Ao contrário do que versa o senso comum, a propaganda eleitoral vem atraindo a atenção dos brasileiros. Dados do Ibope apontam que a audiência média da propaganda política neste ano aumentou 14% em relação às eleições de 2014. Apesar disso, em relação ao período anterior ao início do horário eleitoral, a audiência média das emissoras de televisão caiu 26%, segundo o instituto. 

Mistério
O “eterno” candidato “nanico” à presidência, José Maria Eymael (DC) diz em sua propaganda relâmpago na TV ver “sinais, fortes sinais”. Do que ele não explica. 

Promessas
O presidenciável do MDB, ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, afirma em seu programa “eleição é momento de muita promessa para pouco compromisso”. “Da minha boca você nunca vai ouvir uma mentira em troca de voto”, promete ele. 

Segura ginete
Vestido à moda “country” e falando como um locutor de rodeio, o candidato a deputado federal Marco Brasil (PP) defende que “é hora de esporear a corrpção”. 

Conformismo
Candidata do PSDB à Câmara Federal, Rosângela de Fátima tenta convencer os eleitores a não votarem em branco ou anular o voto com um argumento inusitado: “as cadeiras serão ocupadas de qualquer forma”, alega ela.