O México irá fazer uma indicação para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Presidente Andrés Manuel López Obrador apontou Alicia Bárcena como postulante ao cargo nesta quinta-feira, 29, em sua coletiva de imprensa diária. Atualmente, a indicada ocupa a embaixada mexicana no Chile, após ter ocupado o cargo de secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) desde 2008.

“É uma mulher preparada, com muito boas relações com todos os governos”, afirmou Obrador. “É preciso gente profissional e conciliadora”, apontou. O governo argentino também se posicionou hoje no tema. A porta-voz Gabriella Cerruti disse em coletiva que o país espera que o novo presidente seja da América Latina.

Segundo fontes confirmaram ao Broadcast, o Brasil já definiu o nome que indicará para a presidência do BID. A divulgação do concorrente, porém, apenas se dará oficialmente depois da conferência anual do Fundo Monetário Internacional (FMI), na próxima semana. Após a saída do americano Mauricio Claver-Carone, os Estados Unidos confirmaram que não irão lançar um nome próprio para o cargo. Tradicionalmente, o cargo não é ocupado por um indicado direto de Washington.

Carone foi afastado da entidade depois que uma investigação interna concluiu que o americano manteve relações íntimas com uma funcionária, desrespeitando as normas da instituição.

A Secretaria do BID comunicou aos governadores do banco que devem propor candidatos nos próximos 45 dias. O presidente da instituição é eleito pela Assembleia de Governadores, formada por 48 países-membros. Para ser eleito, o candidato deve obter a maioria dos votos, mas o poder varia de acordo com o número de ações de cada país membro no capital ordinário do BID. O candidato vencedor também deve ter o apoio de pelo menos 15 dos 28 países regionais. O mandato é de cinco anos, com possibilidade de uma reeleição.