A Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), em parceria com instituições de destaque no cenário nacional, organizou a V Oficina de Planejamento Integrado do Programa Mico-Leão-da-Cara-Preta. O evento foi realizado nos dias 8, 9 e 10 de abril de 2025, na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Airumã, localizada em Santa Felicidade, Curitiba.
Participaram representantes do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB/ICMBio), do Núcleo de Gestão Integrado de Antonina e Guaraqueçaba (ICMBio), do IBAMA, da Coordenadoria de Fauna Silvestre e Fundação Florestal – ligada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), da Reserva Paulista/Zoológico de São Paulo, do Zoológico de Curitiba, do Instituto Água e Terra do Paraná (IAT), do Batalhão de Polícia Ambiental, da Universidade do Estado de Minas Gerais, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Universidade Estadual Paulista (UNESP), da Associação dos Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB), do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPEC) e do Instituto Brasileiro para Medicina da Conservação (Tríade).
O encontro reuniu especialistas, majoritariamente dos estados do Paraná e de São Paulo, com o objetivo de alinhar estratégias e promover ações conjuntas para a conservação do mico-leão-da-cara-preta — espécie endêmica da Mata Atlântica cuja população é estimada em menos de 400 indivíduos. Por essa razão, o animal encontra-se classificado como “em perigo” na Lista Nacional de Espécies Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Entre os principais fatores de risco, estão a fragmentação do habitat e o isolamento de populações causado pela perda de áreas contínuas da planície litorânea onde a espécie vive.
O mico-leão-da-cara-preta habita uma região restrita da planície costeira conhecida como o “coração” da Grande Reserva Mata Atlântica (GRMA).
Um encontro multidisciplinar
Moderado por Sueli Ota, da agência TAOWAY Sustentabilidade Socioambiental, o evento reuniu pesquisadores, especialistas, representantes de órgãos públicos e entidades da sociedade civil comprometidas com a conservação da fauna. A oficina foi uma oportunidade valiosa para promover a integração entre diferentes áreas do conhecimento e fortalecer o planejamento conjunto em prol da preservação da espécie.