O Reino Unido analisa entrar formalmente no Fundo Amazônia, que financia ações de combate ao desmatamento com repasses internacionais. Os estudos sobre a adesão ocorrem após pedidos do governo eleito feitos em reuniões ao longo da Conferência da ONU pelo Clima, a COP-27, realizada no Egito com a presença do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A embaixada britânica confirma o recebimento do pedido do governo eleito e diz que o processo está em análise. Gerido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Fundo Amazônia foi paralisado na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas Alemanha e Noruega, principais financiadores da medida, sinalizaram a intenção de retomar os repasses com a eleição de Lula.

“Hoje, o Fundo Amazônia – que foi atacado e suspenso pelo governo atual – tem como colaboradores a Noruega e Alemanha. A entrada do Reino Unido significa mais recursos para o desenvolvimento da nossa região”, diz o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que integra o governo de transição e se reuniu, na COP, com os ministros britânicos do Clima, Graham Stuart, e do Meio Ambiente, Thérèse Coffey.

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), outro integrante da transição, acompanhou Randolfe nas reuniões no Egito.