
Com a queda nas temperaturas, as doenças respiratórias começam a lotar os postos e hospitais de Cascavel, e os números acendem o alerta. A vacinação contra a gripe, que poderia evitar boa parte dessas complicações, está longe do ideal. Menos de 3 em cada 10 pessoas dos grupos prioritários procuraram a vacina até agora, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
A meta do Ministério da Saúde é vacinar 90% do público-alvo, mas em Cascavel, a cobertura está em apenas 27%. Entre os idosos, que somam mais de 52 mil moradores na cidade, pouco mais de um terço foi vacinado (35,62%). A situação das crianças é ainda mais preocupante: só 16,18% receberam a dose. Já entre as gestantes, o cenário é crítico: apenas 7,41% se imunizaram.
Enquanto isso, os atendimentos por síndromes respiratórias graves aumentam nas unidades públicas e também nos hospitais particulares. Crianças de 0 a 14 anos representam 61% dos casos graves registrados na cidade. Os idosos respondem por 21%.
Segundo especialistas, a baixa procura pela vacina tem sido alimentada por desinformação e notícias falsas.
“Temos enfrentado uma queda preocupante, influenciada por fake news e desinformação. Mas a verdade é que a vacinação impacta diretamente na redução de internações, agravamentos da doença e atendimentos hospitalares, porque as pessoas vacinadas tendem a não desenvolver as formas graves da gripe”, afirma a coordenadora do Programa Municipal de Imunização, Ana Carolina Rossin.
A vacina contra a influenza está disponível gratuitamente em todas as unidades de saúde de Cascavel para quem tem mais de seis meses de idade. Os postos funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h até 15 minutos antes do fechamento de cada unidade.