

Este domingo (12) foi de muito calor em Curitiba que registrou máxima de 34,8°C de tarde. Foi a maior marca do ano e superou o recorde que foi alcançado um dia antes. No sábado (11), chegou a 33,6°C, até então a maior de 2023. Antes, a maior marca foi no dia 24 de setembro, com 33,1°C.
E esta segunda-feira (13) promete ser igualmente quente. Se não tão como o domingo e o sábado, a máxima prevista ainda está acima dos 30°C, podendo chegar a 33°C. Mas não seria surpresa um novo recorde.
A onda de calor já tinha alerta desde o meio da semana passada, e atingiria boa parte do País, incluindo o Paraná. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta para vários estados no nível amarelo.
Segundo o Inmet, o aviso de onda de calor de nível amarelo é emitido quando a previsão indica que as temperaturas (neste caso, especialmente as máximas) devem ficar 5ºC acima da média pelo período de dois a três dias consecutivos.
O interior do Paraná também registrou marcas muito altas, ontem. Em algumas regiões elas se aproximaram até mesmo dos 40ºC, como o Noroeste e Norte. A umidade relativa do ar também ficou baixa em todas as regiões, mas ainda fora da zona de perigo.
O calor também já afetou o consumo de água no fim de semana. No sábado, a Sanepar informou que devido a problemas operacionais em algumas unidades de reservação, aliados às altas temperaturas, o abastecimento ficou comprometido em bairros de Curitiba, Colombo, Campina Grande do Sul e Quatro Barras desde a tarde de sábado até a manhã de domingo.
Previsão
O calor persiste no Paraná nesta segunda-feira. O tempo fica abafado, mas, diferentemente do final de semana, haverá aumento da instabilidade na maioria das regiões do estado.
Uma frente fria evolui pelo oceano, na altura da Região Sul, alinhada a um fluxo de umidade e calor sobre essas regiões. Com isso, pancadas de chuva com trovoadas são previstas, principalmente a partir da tarde, com risco mais elevado de tempestades nas áreas mais próximas da divisa com Santa Catarina e de fronteira com os países vizinhos.
Nos próximos dias o risco de tempestade fica elevado no Estado, especialmente no interior. Esse clima mais instável deve durar até o final desta semana.
Em Curitiba, as temperaturas seguem elevadas na semana. A chuva deve chegar à Capital na terça-feira e durar a semana toda na forma de pancadas. Ao longo dos dias, o céu fica parcialmente nublado, com chuviscos ocasionais ou pancadas mais fortes de chuva. O tempo só melhora na outra semana.
Curitiba aproveita tempo bom para reparar estragos das últimas chuvas
Equipes da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Smop) aproveitaram a semana de tempo estável, com sol em Curitiba, para avançar nas obras emergenciais de manutenção das estruturas de macrodrenagem da cidade. Pelos bairros, o trabalho coordenado pelo Departamento de Pontes e Drenagem foi para restabelecer galerias, limpar e desassorear rios e córregos, reconstruir pontes e passarelas, combater processos de erosão e deslizamento, entre outros serviços.
De acordo com Rodrigo Araújo Rodrigues, secretário municipal de Obras Públicas, as manutenções estão sendo executadas de maneira emergencial e preventiva dentro do Programa Curitiba Contra Cheias e conforme a complexidade e situação apresentada.
“São obras e serviços realizados continuamente para proteger a cidade nos momentos de grandes precipitações e minimizar os efeitos, mas que nas últimas semanas foram intensificadas para corrigir os danos causados pelo volume histórico de chuvas que a cidade recebeu ao longo do último mês”, explica Rodrigo Araújo Rodrigues.
Segundo o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), esse foi o outubro mais chuvoso dos últimos 26 anos na capital paranaense, com o recorde de 559,8 mm de chuvas.
As fortes chuvas de outubro também provocaram muitos estragos em diversas cidades do Paraná, algumas estão em estado de emergência desde então.
Trechos de rodovias estaduais também foram seriamente afetadas e, até o sábado, eram diversos trechos com bloqueios totais ou parciais.
A má notícia é que a grande instabilidade nesta época do ano já era prevista por causa do fenômeno El Niño, que deve se estender até o começo do ano que vem, e seguir provocando chuvas em excesso.