Divulgação/ Infraero

O Aeroporto Internacional de Curitiba, Afonso Pena, localizado em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana e administrado pela CCR Aeroportos, registrou 11 relatos de pilotos de interferências de raio laser apontado para as aeronaves durante procedimentos de pousos e decolagens, num intervalo de pouco mais de seis meses.

Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa), órgão de prevenção e investigação de acidentes aeronáuticos, a emissão inadequada do raio laser contra aeronaves pode ser enquadrada no Artigo 261 do Código Penal Brasileiro.

“Art.261 – Expor a perigo embarcação ou aeronave própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou aérea”.

O ato se enquadrada como crime de atentado contra a segurança do transporte aéreo, a pena prevista é de dois a cinco anos de prisão, sendo aumentada para 12 anos, caso haja um acidente com mortes.

Luís Spanner, responsável pela área de Segurança Operacional da CCR Aeroportos, explica que essa prática pode ocasionar danos à visão do piloto, como hemorragia e queimadura na retina. “Essa ação é um perigo para pilotos e aeronaves, e coloca em risco a segurança da aviação”.

Spanner também alerta que emitir o raio laser pode culminar na perda de controle em voo. “A luz é forte o suficiente para dificultar a leitura do painel de controle e a visão da pista para conduzir a aeronave em segurança no momento do pouso ou decolagem”.

O aumento dessa incidência é preocupante. De janeiro deste ano até a primeira quinzena de agosto de 2022, os aeroportos que a CCR Aeroportos administra na região Sul do Brasil, já somam 31 ocorrências, sendo o ano com maior incidência desde 2018, onde foram registrados 34 eventos em todo o ano. Por isso, a concessionária pede a colaboração da população de Curitiba e da região metropolitana para evitar o uso dos lasers.

Ações Integradas

A CCR Aeroportos trabalha em sistema integrado de segurança, promovendo ações para mitigar os riscos nos aeroportos que estão sob sua administração. Além de Foz do Iguaçu, essas iniciativas contemplam os aeródromos de Curitiba, Bacacheri e Londrina, também no Paraná; Joinville e Navegantes, em Santa Catarina; Bagé, Pelotas e Uruguaiana, no Rio Grande do Sul; Goiânia, em Goiás; Palmas, no Tocantins; Petrolina, em Pernambuco; São Luís e Imperatriz, no Maranhão; e Teresina, no Piauí.