O presidente Jair Bolsonaro disse na tarde de ontem, em Curitiba, que “um ladrão quer voltar à cena do crime”, em referência ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, e reforçou sua aliança com o governador Ratinho Júnior (PSD). O candidato à reeleição pelo PL participou de uma motociata na cidade e fez um comício no fim da tarde na Boca Maldita, ao lado de Ratinho Júnior. “Tem um ladrão que quer voltar à cena do crime. Não vai voltar à cena do crime. Espero que da próxima vez que for para a cadeia, não venha para Curitiba”, discursou o presidente.
Bolsonaro chegou por volta das 16h30 à Boca Maldita e atacou a esquerda, que chamou de “comunista”, em seu discurso. “No comunismo não tem liberdade, as pessoas não têm propriedades. A esquerda quer a liberação das drogas. Jamais seremos a favor da legalização do aborto. Jamais seremos a favor da ideologia de gênero”.
O presidente disse que o país está em situação econômica “invejável” e destacou a parceria com Ratinho Júnior no Paraná. “O Ratinho Júnior cada vez mais se aproxima de nós. É um parceiro confiável”, afirmou. “Não temos notícia de um país com deflação como o Brasil”.
Ratinho Júnior disse que o Paraná deve ter “gratidão” com Bolsonaro. “O governo federal foi o que mais investiu no Paraná nos últimos 30 anos. O seu governo tirou do papel a ponte Brasil-Paraguai, a Estrada Boiadeira e outras obras que estavam paradas”, disse. “A maior votação do senhor será no Paraná”.
Senado – Dois candidatos do campo bolsonarista ao Senado estiveram presentes, os deputados federais Paulo Martins (PL) e Aline Sleutjes (PROS), mas só Martins discursou. Ele foi apoiado por Bolsonaro e pelo líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP).
“Lembro eu ainda garoto, vendo seus videos, sozinho na Câmara, enfrentando as narrativas dos comunistas. Eu não imaginaria que um dia estaria na garupa da sua motocicleta”, disse Martins. Ele pautou seus discurso pela “defesa das liberdades” e por críticas à atual composição do Senado.
Ricardo Barros (PP) focou seu discurso nas ações do governo. “Fizemos a lei de liberdade econômica e a lei de regularização fundiária. Famílias que recebiam cestas básicas há 20 anos estão produzindo”, afirmou Barros. “O Auxílio Brasil é um programa de ascensão social, faz com que cada família possa ter renda para ser independente”.
Interior – Antes de Curitiba, Bolsonaro passou por Foz do Iguaçu, pela manhã, quando visitou a Ponte de Integração Brasil-Paraguai ao lado de Ratinho Júnior e Paulo Martins. A motociata partiu do bairro Uberaba no meio da tarde. A última passagem do presidente por Curitiba tinha sido no dia 20 de maio, quando participou da Marcha para Jesus.
