Drosselmeyer vencendo o Belmont Stakes (G1)

Quando analisamos um potro para compra a primeira coisa que olhamos é a categoria do pai dele, não é mesmo? De quem descende, se já deu filhos clássicos e se teve campanha vencedora no exterior (uma vez que mesmo sendo clássicos no Brasil, muitos reprodutores nacionais são preteridos). 

E tem um reprodutor que chegou com grande status e cada vez mais vem se afirmando como sensação, devendo cada vez mais receber oportunidades. Só na geração 2018 foram 84 produtos registrados no Brasil e, este ano, é possível que o número aumente.

Para se ter uma ideia, seus filhos venceram as três provas clássicas do fim de semana (Gávea e Cidade Jardim), sendo que dois deles se tornaram líderes da geração no Jockey Club Brasileiro. Estamos falando de Drosselmeyer. 

Ele chegou ao Brasil em uma parceria que contava com Stud TNT, Haras Regina, Haras Santa Camila, Fazenda Mondesir, Haras Old Friends, Haras Anderson, Haras Nacional, Stud Alvarenga, Stud Pixote, Stud Rio Dois Irmãos e Coudelaria Jéssica. A quantidade de proprietários no condomínio mostra a importância dele, o primeiro ganhador de uma Breeder’s Cup Classic a desembarcar para servir no Brasil. Hoje o condomínio dele conta com mais proprietários e é denominado de “Condomínio do Reprodutor Drosselmeyer”.

No currículo do crioulo da Aaron & Marie Jones, que cumpriu campanha até os cinco anos nos Esatdos Unidos, além da Breeder’s Cup Classic (G1) – onde ganha prova incrível após entrar a reta na antepenúltima colocação – o Belmont Stakes (G1) e mais três vitórias e sete colocações em treze saídas. 

Chegou ao Brasil em regime de shuttle em 2012, com a primeira geração nascendo em 2013. Sunset Shimmer foi sua primeira filha a vencer uma prova de Grupo, o GP Costa Ferraz (G3), em 1.000 metros. Na mesma geração surgiram os corredores clássicos Musa da Sapucaí, Know How, Kanton, Esclusiva Girl, Deil Cat, Estella Rossa, Espiritus e Fletcher.

Mas três animais se destacaram como fundistas nesta geração, fazendo com que este grupo o comprasse em definitivo em 2015. 

O primeiro deles foi King David, que em uma geração fortíssima venceu de maneira espetacular a segunda prova da Tríplice Coroa Carioca. Antes de encerrar campanha ainda foi vencedor de Grupo 2 na mesma distância (2.000 metros) e já havia vencido um grupo 3 na areia. 

Outro que chamou a atenção foi Enólogo, este sim um verdadeiro fundista. Quando potro venceu um grande prêmio de Grupo 3 na Gávea, mas quando foi “esticado” começou a mostrar seu real valor. Foram várias provas especiais, um grande prêmio de Grupo 3 em 3.000 metros, o título da Taça Quati e por fim, o GP Doutor Frontin (G2), prova de grande importância no calendário clássico carioca. 

Na geração 2014 também surgiram bons filhos, como Six Flags, Set Ton (Listed), Etrusca (G2), Guaruçá, Fronteira Around, Farroupilha Boy e El Zorro. Tivemos o ótimo Olympic Harvard, que depois de iniciar campanha do Brasil vencendo Grupo 3, hoje é um dos melhores cavalos para 2.400 metros no Hipódromo de Maroñas, no Uruguai. 

Mas o que falar de Sea Dream, que surgiu como craque desde sua estreia. Com adversárias de peso (leia-se Haras Santa Maria de Araras e Silence is Gold), foi protagonista em duas das três provas da coroa carioca, fazendo placê, além de vencer a versão paulista do GP Diana (G1). 

Na geração 2015 mais alguns ótimos animais, como Hierarquia, o segundo colocado no Derby Carioca Galaxy Runner, Bay Ovar (G2 e Listed) e My Girl, que no último sábado venceu o Clássico Imprensa (Listed), em 1.500 metros na areia, alcançando sua quarta vitória na campanha. 

Na geração 2016, Drosselmeyer tem cerca de 20 filhos ainda para estrear. Dos que estrearam se destaca o craque Filo di Arianna, invicto em três saídas (Listed, Grupo 2 e 3) e vencendo sempre por diferença maior que sete corpos.

A potranca Jolie Olímpica também é a líder da geração após vencer no último domingo arranhando o recorde dos 1.500 metros (a então líder Happy Bryan deixará de disputar provas da geração para se dedicar aos páreos de velocidade). E ainda temos Bitcoin, terceira colocada no GP Guilherme Ellis (G3). 

E tudo isso muito graças ao sangue de Drosselmeyer, que foi um craque nas pistas. Filho de Distorted Humor, ele carrega um inbreeding de Northern Dancer (4x4x5), uma vez que trás Nijinky e Danzig em sua 4 geração e Storm Bird na quinta. Ainda enconramos Mr. Prospector (seu avô paterno é Forty Niner) e o marcante Seattle Slew, que no Brasil deixou sua descendência através de Tsunami Slew, Tokatee, Seattle Song e A.P. Indy. 

Enfim, um reprodutor de respeito que qualifica demais a criação brasileira cada dia melhor e mais reconhecida internacionalmente.