Divulgação – Buzz (ao centro) e seus colegas de missão

“Em 1995, Andy ganhou de presente de aniversário um boneco do Buzz Lightyear. Era o herói de um filme que ele tinha visto. Esse é o filme”. Assim começa ‘Lightyear’, filme que estreia nesta quinta-feira (16) em Curitiba e que traz o aventureiro espacial retratado na franquia ‘Toy Story’, com quatro longas-metragens lançados.

A franquia parecia encerrada em 2010, com ‘Toy Story 3’. Mas a Disney, dona da Pixar, que criou ‘Toy Story’, percebeu que o universo dos brinquedos do garoto Andy tinha potencial para ir muito além. Em 2018, veio ‘Toy Story 4’, que resgatou personagens esquecidos e colocou os brinquedos sob uma nova perspectiva.

‘Lightyear’, por sua vez, conta a origem de Buzz Lightyear — que está mais realista do que nunca, inclusive com cabelos à mostra. Basicamente, a trama traz o personagem como um aventureiro espacial cheio de talentos e coragem, mas ainda em início de carreira. Por puro excesso de confiança, ele comete um erro que faz com que sua nave espacial – uma esfera gigante com 1.200 pessoas dentro – fique presa a um planeta hostil, pelo menos até que se dê um jeito de sair de lá. Como para Buzz missão dada é missão cumprida, ele não abandona seu objetivo, não importa quanto tempo demore. Paralelamente a isso, entra em cena o vilão Zurg, que entra em conflito direto com o herói.

O diretor Angus MacLane entrega um filme que tem menos de ‘Toy Story’ do que se imagina. As referências ao aventureiro espacial que estrela a franquia estão concentradas no começo e no fim. No meio do caminho, há quase um excesso de citações a ‘Star Wars’, além de diversos elementos de ‘Wall-E’, ‘Up: Altas Aventuras’ e ‘Os Incríveis’, também filmes da Pixar, e até ‘Gravidade’, de Alfonso Cuarón. ‘Lightyear’ fica no limite entre ser um filme com luz própria e ser apenas mais um produto de franquia. E peca em relação a uma cena que alimenta a imaginação do espectador, mas que não aparece no filme, nem mesmo nas três cenas pós-créditos.

Apesar disso, ‘Lightyear’ está anos-luz à frente do último filme da franquia dos brinquedos. ‘Toy Story 4’ atirou no lixo o legado e o lado bom do caubói Woody, um personagem que aprendeu a colocar os amigos acima de anseios pessoais. ‘Lightyear’, ao contrário, respeita bem a personalidade de Buzz. Ele é destemido, tenta sempre dar seu melhor, tenta sempre cumprir sua missão, tenta sempre proteger aqueles à sua volta, sempre à sua maneira. ‘Lightyear’ diverte as crianças, entretém os adultos e discorre sobre falhas, erros, aceitação e determinação. E resgata aquilo que ‘Toy Story 4’ deixou de lado: a devida importância das amizades.

Brinquedos

A cada ‘Toy Story’ lançado, os fabricantes de brinquedos faturaram milhões com bonecos de Woody, Buzz, Balanoalvo ou Jessie. Desta vez, os astros de vendas não serão nem Buzz, nem seus companheiros de missão, nem o vilão Zurg. A grande vedete será o gato Sox, uma mistura de gatinho fofo e R2-D2, aquele robô redondo ‘Star Wars’ que resolve todos os problemas. Tem tudo para pirar a cabeça da criançada. A versão real, contudo, não terá capacidade para sintetizar um cristal de viagem no tempo, olhos laser ou rabo com entrada USB, como sua versão no filme. Mas as crianças não precisam ter essa conversa.

A evolução de Buzz

‘Toy Story’, de 1995, foi a primeira animação de longa-metragem feita totalmente em computador. Até pela evolução dos recursos nos últimos 27 anos, o visual de
Buzz Lightyear também evoluiu.

‘Toy Story’ (1995)

‘Toy Story’ (1999)

‘Toy Story’ (2010)

‘Toy Story’ (2018)

‘Lightyear’ (2022)