Qual a imagem que os políticos têm de si mesmos? Quando se colocam como passíveis de votos do eleitorado, o que eles próprios acham que têm a oferecer? O blog foi atrás dos principais pré-candidatos à prefeitura de Curitiba este ano, cujo primeiro turno está marcado para 6 de outubro, com uma pergunta: “Qual sua principal credencial para ser prefeito ou prefeita de Curitiba?” As respostas são uma espécie de autoavaliação dos pré-candidatos e estão abaixo. Ainda aguardamos a resposta do pré-candidato Deltan Dallagnol (Novo).
“Qual sua principal credencial para ser prefeito ou prefeita de Curitiba?”
Beto Richa (PSDB): “Conhecimento da cidade e seus problemas; 10 mil obras feitas”
“Conhecimento da cidade e de seus problemas, as 10 mil obras que já fiz em Curitiba e as que ainda pretendo fazer, a disposição que sempre tive de ouvir a opinião das pessoas sobre suas prioridades e o compromisso de implantar novas políticas de mobilidade urbana, sustentabilidade ambiental, habitação, atenção social, segurança, saúde e educação, com abertura de novas vagas em creches. Neste ponto, com a credencial de quem foi o prefeito que mais criou vagas em creches: foram 12 mil vagas em 5 anos.”
Cristina Graeml (PMB): “Ligação de valores conservadores de defesa da vida, família, liberdade”
“Sou curitibana, filha, neta, bisneta de curitibanos. Meu trisavô, Dr Trajano Reis, foi o primeiro médico cirurgião de Curitiba (e também atuou na política, chegou a ser presidente da Assembleia Legislativa do Paraná). Minha ligação é muito forte também com a cidade pelas duas décadas de trabalho como repórter de TV aqui em Curitiba. Conheço os 75 bairros, seus problemas históricos, a política local, os grupos políticos que se perpetuam no poder. E tenho profunda ligação e interação com as pessoas, uma ligação de valores conservadores de defesa da vida, da família, da liberdade, da livre iniciativa, do empreendedorismo, valores defendidos também pela imensa maioria dos curitibanos.”
Eduardo Pimentel (PSD): “Garantia do avanço na inovação e sustentabilidade”
“Eu tenho sete anos de experiência como vice-prefeito e conheço todos os bairros e as alternativas para Curitiba. Minha pré-candidatura é a garantia do avanço da cidade no caminho da inovação e da sustentabilidade. Sou formado em Administração, com especialização em Cidades Inteligentes pela FGV.”
Felipe Mongruel (PT): ”Político é um formador de opinião. Muito mais que um bom moço cheio de ideais administrativos”
“Sou o único que falará de Lula, que defenderá Lula, o sujeito que nos livrou de estar sob as mãos do fascismo. O político é um formador de opinião, um líder de equipes. Muito mais que um bom moço cheio de ideais administrativos.”
Goura (PDT): “Mobilizamos as melhores mentes da cidade”
“Nossa pré candidatura é a única que discute a cidade a partir de um processo de participação realmente democrático propondo soluções efetivas para uma Curitiba que cuida das pessoas e da natureza. Queremos uma cidade mais humana e que promova qualidade de vida em todos os 75 bairros, com a valorização da educação, da saúde, do esporte, da cultura e da segurança. Para isso mobilizamos as melhores mentes da cidade, que sonham comigo um futuro melhor para nossa gente. A grande Curitiba não pode pensar pequeno!”
Luciano Ducci (PSB): “Conheço a prefeitura por dentro e a cidade como poucos”
“A minha história com Curitiba e a minha experiência como deputado. Sou servidor de carreira da prefeitura. Entrei como médico de posto de saúde e passei por várias áreas do serviço público até ocupar o cargo de prefeito. Sei que eu conheço a prefeitura por dentro, e a cidade, como poucos. Curitiba precisa retomar grandes investimentos, inovação de verdade. Muito do que se faz hoje, foi planejado há mais de 10 anos. E a cidade não merece continuar estagnada. E para isso, precisa de alguém que entenda o que é necessário ser feito e os caminhos que tornem estas soluções possíveis.”
Maria Victoria (PP): “Preparada e à disposição para contribuir com a cidade”
“A vontade de trabalhar por uma Curitiba cada vez mais inovadora, sustentável, inteligente e, acima de tudo, humana. Agradeço a confiança dos meus colegas progressistas. Sinto-me preparada e à disposição para contribuir com a cidade. Curitiba avançou muito nos últimos anos e sei que é possível fazer ainda mais.”
Ney Leprevost (União): “Experiência, honestidade, ficha limpa, capacidade de trabalho e amor pela gente”
Eu não tenho obsessão de ser prefeito de Curitiba. Eu tenho amor pela nossa cidade e disposição, energia, capacidade intelectual, física e também espiritual para servir à cidade, principalmente me preocupando com aqueles que mais precisam. Já provei que tenho competência tanto no Legislativo quanto no Executivo. Acredito que de todos os pré-candidatos, o que tem mais provas de que sabe fazer gestão com austeridade, inovação, solidariedade, voltada para os que mais precisam, sem falta de modéstia, sou eu. É isso que me credencia: experiência, honestidade, ficha limpa, capacidade de trabalho e amor pela gente dessa cidade onde eu nasci e onde eu sou muito feliz por viver.
Paulo Martins (PL): “Muro não é lugar para prefeito”
“Um prefeito precisa ter posição, coragem e espírito de liderança para bancar as inúmeras decisões que são necessárias para superar os desafios que os problemas do município impõem. Essas condições não me faltam e a minha postura do debate público e trabalho parlamentar demonstram isso. Muro não é lugar para prefeito.”
Zeca Dirceu (PT): “Sou craque em fazer voto em região conservadora”
Fui prefeito por 2 vezes em Cruzeiro do Oeste, premiado, reeleito com 70% dos votos. Implantei educação integral, orçamento participativo, a “Melhor Saúde Bucal do Paraná”, “Prefeito Amigo da Criança”, “Prefeito Empreendedor do SEBRAE”. São experiências que, respeitadas as proporções, eu vou aplicar em Curitiba. E, é claro, pela habilidade política de 4 mandatos de deputado federal, fazer a cidade ter fina sintonia para atrair investimentos federais. E quanto à eleição: sou craque em fazer voto em região conservadora. Não acho Curitiba conservadora, mas digo, pra quem acha e pensa ser difícil, porque eu sou do interior, que basta olhar as cidades em que o Bolsonaro fez 70, 75, 80% dos votos na região Noroeste. São onde tenho 30, 40 e, em algumas, até quase 50% dos votos.
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