Foto: João Frigério

O bairro Parolin, em Curitiba, foi palco de mais um tiroteio na tarde desta sexta (2). Primeiro, um jovem foi morto durante patrulha de rotina da Polícia Militar. Segundo a polícia, o jovem, de 17 anos, teria reagido a uma abordagem e por isso foi baleado. Os moradores da região, no entanto, garantem que o jovem não estava armado e fizeram um protesto. Os manifestantes incendiaram pneus, madeira e tentaram colocar fogo em dois ônibus. No momento, o bairro está praticamente sitiado por policiais militares. A situação é tensa.

A polícia usou bombas de efeito moral e balas de borracha para conter a população. Um policial acabou atingido por uma pedra na cabeça e encaminhado para o hospital, sem risco de morte. Mais tarde, os manifestantes atacaram mais um policial com pedras e uma equipe de reportagem de televisão.

Na redes sociais, os moradores alegam truculência da polícia militar e garantem que o o jovem baleado não estava armado.

Defensoria acompanha o caso
O Núcleo da Cidadania e Direitos Humanos (NUCIDH) e Núcleo da Política Criminal e da Execução Penal (NUPEP) da Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) informaram, em nota, que acompanham com preocupação a atuação da Polícia Militar do Paraná em uma incursão operacional dentro do bairro Parolin. Uma pessoa morreu baleada no local. A equipe do NUCIDH esteve no bairro acompanhando os desdobramentos da ação policial e ouvindo os moradores para entender como tudo aconteceu.

“Já o NUPEP ressalta, mais uma vez, que entende que todo caso de morte causada por intervenção de policiais militares deve, conforme a legislação em vigor, ser conduzida pela Polícia Civil ou diretamente pelo Ministério Público. Casos como o ocorrido nesta sexta-feira só reforçam a importância da implementação de medidas como o uso obrigatório de câmeras corporais e nas viaturas dos agentes de segurança”, diz a nota.