O delegado Willian Douglas Soares, que investiga a morte de um casal em um apartamento de luxo, em Londrina, no norte do Paraná, acredita que a briga possa ter sido motivada por causa de um arquivo no notebook da mulher. Ele tinha 69 anos e ela 35.

“Nós o apreendemos no lixo do apartamento do casal e ele estava completamente destruído. Uma mera queda seria insuficiente para causar os danos que apresenta. O seu conteúdo será periciado. Isto nos leva a crer que é possível uma briga entre o casal em função de algo que havia no seu HD, na sua memória interna”, relatou o delegado.

Além do computador, a polícia também apreendeu os celulares, uma arma usada no crime,  três projéteis, além de uma faca, que estava nas mãos da mulher.

Os corpos foram encontrados com marcas de tiros, em cima da cama do casal, que morava no prédio há seis meses. De acordo com a polícia, vizinhos relataram que ouviram discussões durante a madrugada, mas que o barulho dos tiros foi ouvido apenas pela manhã.

As primeiras investigações apontam para a hipótese de homicídio seguido de suicídio e que a motivação provavelmente foi passional. Para o delegado Soares, essa é a possibilidade mais plausível, conforme as provas que foram coletadas no local onde as vítimas foram encontradas. Após uma visita ao Instituto Médico-Legal, Soares afirmou ainda que já é possível ter certeza de que a mulher foi assassinada.

A vítima mulher foi alvejada com dois disparos. Então, o que é certo dizer, portanto, é que ela não cometeu suicídio. Ela foi vítima de um homicídio, disse.

Soares disse ainda que a polícia também vai investigar a possibilidade de uma terceira pessoa ter matado o casal.

Em função do que foi coletado, nós aguardamos agora as imagens do sistema de monitoramento, para saber se, eventualmente, ainda que improvável, houve um duplo homicídio, afirmou.

Os vizinhos contaram que o casal vivia em harmonia. Pelo que a gente via, eles eram apaixonados, conta Dulce Gonçalves, que mora no mesmo prédio.