GUILHERME BRENDLER
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (4) a intenção de criar na cidade uma zona azul eletrônica para cobrança de estacionamento rotativo -que o motorista poderá comprar por meio de um aplicativo de celular. Mas a cobrança fracionada não será, por ora, permitida.
O objetivo é migrar aos poucos o sistema atual, de talões de papel, para o modelo eletrônico, chamado de “Zona Azul Digital”.
Neste sábado (5), será publicado no “Diário Oficial” da cidade o chamamento público para empresas de tecnologia interessadas em desenvolver o aplicativo.
As empresas poderão credenciar seus aplicativos por tempo indeterminado. A ideia é que existam vários sistemas operando na capital, como ocorre com táxis. Os primeiros devem começar em 60 dias, estima a prefeitura.
O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, disse que a “Zona Azul Digital” vai operar, inicialmente, com as mesmas modalidades de tempo de uso e de cobrança -hoje o usuário paga R$ 5 por hora, mesmo que utilize a vaga por só dez minutos. A ideia, segundo Tatto, é que no futuro a cobrança seja feita por tempo de uso da vaga.
São Paulo tem atualmente 38,9 mil vagas de Zona Azul para carros e 20 mil para motos.
De acordo com Tatto, o usuário poderá acionar o aplicativo assim que estacionar. Ao deixar a vaga, o usuário desfaz o acionamento e a cobrança é encerrada. Será possível adicionar mais tempo, se for permitido no local.
Tatto afirma que, em breve, será possível reservar a vaga com antecedência. A fiscalização será feita por agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) -o aplicativo permitirá aos agentes saber, entre os carros estacionados, quem comprou e quem não comprou o direito ao estacionamento.
Parar o carro irregularmente na zona azul sujeita o motorista a uma multa de R$ 53,20 e três pontos na carteira de habilitação.