O governador Requião preveniu no início da Escolinha desta terça-feira que não se tratava de uma retaliação. É sim. Em sua guerra contra o Ministério Público do Paraná, originada na exigência do MP de que o governador demitisse a parentalha que ocupa cargos comissionados na administração, Requião cumpriu mais uma batalha.
Determinou a nulidade do convênio do Ministério Público com a Paraná Previdência alegando inconstitucionalidade. E ordenou ainda ao Departamento Jurídico do órgão que reexamine todos os pedidos de aposentadoria no que “toca à legalidade”.
“Chega às minhas mãos a informação de que na contagem do tempo para a aposentadoria de procuradores e promotores estaria sendo incluído até o período de estagiário. Isso é um absurdo. Com esse artifício, um promotor pode aposentar com 43 anos”.
Requião ainda deu um ultimato ao Ministério Público para que entregue no prazo de uma semana uma relação do número de funcionários do MP acompanhada dos respectivos salários. “Eu quero conhecer o salário de cada procurador e cada promotor do Ministério Público”.
Caso não seja atendido, Requião promete entrar com uma ação civil pública para obter o documento. “Uma semana, senhores membros do MP”.