Neste ano foram já confirmados 8 acidentes com aranha marrom em Araucária, de acordo com dados preliminares da Vigilância em Saúde/Vigilância Epidemiológica/Centro de Controle de Zoonoses. Foi um número acima da média nos últimos anos e algo que não deve passar despercebido, pois o veneno da aranha pode causar úlcera cutânea, necrose e pode levar a complicações clínicas.

A primeira orientação da Secretaria de Saúde é que ao suspeitar de incidente com aranha-marrom procure-se a unidade de saúde mais próxima. Entre 2010 a 2015, de 438 registros de acidentes com aranhas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 304 foram apenas de aranha-marrom na cidade, sendo que o mês com maior incidência de notificações costuma ser janeiro.

Uma curiosidade levantada pelo médico-veterinário do Centro de Controle de Zoonozes, Jessé Henrique Truppel, é que muitas pessoas tentam matar as aranhas com inseticidas, mas esse tipo de veneno não é eficaz contra os aracnídeos. “Melhor é matar com um chinelo, passar aspirador, removendo a teia e os ovos, pois a sucção quebra a aranha e mata”, observa. O especialista diz que a aranha-marrom, diferente das armadeiras, não tem característica de confronto e geralmente ataca por defesa quando é tocada. Uma dica para evitar o contato direto é utilizar luvas e botas na hora de remover entulhos e limpar terrenos.

 

 

Organize o ambiente
Para uma praga ou animal peçonhento se estabelecer em um ambiente são necessárias algumas condições: acesso, abrigo, alimento e água. Aranhas, ratos e baratas são alguns animais que podem ser evitados se não encontrarem as condições ideais para habitar. Evitar o acúmulo de entulhos é uma das medidas de prevenção contra esses animais, já que assim se restringem as possibilidades do animal encontrar um bom local para morar.

No ambiente externo, as aranhas podem viver debaixo de cascas de árvores, em folhas secas, em buracos, telhas e tijolos empilhados. Dentro das casas, ficam geralmente atrás de quadros, armários, entre livros, caixas de papelão e outros materiais guardados por muito tempo, onde não encontrem incômodos e movimentações frequentes.

Maior incidência
Informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), mostram que as “aranhas-marrom” (Loxosceles sp) são muito comuns em Curitiba e Região Metropolitana, região de Irati, Ponta Grossa, Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco e Jacarezinho, ocorrendo em menor frequência no resto do estado.