Não é novidade que oferecer educação de qualidade é um dos grandes desafios enfrentado pelo Brasil. O sistema educacional brasileiro cresceu, porém ainda não chegou ao modelo ideal. Se é que existe modelo ideal. Muitos alunos possuem baixo grau de escolaridade e, os poucos que se formam, não estão aptos a atender as demandas do mercado. Segundo pesquisa realizada em 32 países pelo Ministério da Educação/OCDE e Instituto Paulo Montenegro, no Brasil, apenas três quartos da população consegue ler e entender a idéia central de um texto simples.


Atentos a esta realidade, muitos educadores estão repensando seu modo de atuar e se destacando por suas propostas inovadoras. Eles crêem que a educação vai além da sala de aula e do conteúdo pragmático. Mais do que isso: sabem a importância do professor como agente dessa mudança educacional que tanto buscamos.


Com criatividade e ousadia, o educador pode transformar a cidade, a arte e o meio ambiente em fontes de aprendizado, tirando do dia-a-dia motivação para os educandos. O caminho inverso também é válido: trazer o universo do aluno para a sala de aula, ensinando português, matemática e história com a ajuda de brincadeiras, músicas e qualquer outra ferramenta lúdica pode ter um papel imensurável no aprendizado.


Exemplos desse ‘professor empreendedor’ estão espalhados por todo país. São profissionais que entendem que ultrapassar a barreira das apostilas e despertar no aluno o interesse genuíno pelo mundo ao seu redor é educar com inteligência. E mais, para eles, o aluno que tem prazer no aprendizado será um adulto bem preparado e  crítico.


(*) Carlo Lovatelli é vice-presidente da Fundação Bunge