Coritiba e Vitória abrem o duelo pela primeira fase da CopaSul-Americana com algo em comum: ambos demitiram os treinadores após a18ª rodada do Brasileirão, já têm os substitutos definidos e, mesmoassim, serão dirigidos pelos auxiliares no primeiro duelo, marcado parahoje, às 19h15, no Barradão, em Salvador.
No Coritiba, René Simões foi despedido após a derrota em casa para oCruzeiro (1 a 3), no Couto Pereira, no domingo. Dois dias depois, oclube oficializou a vinda de Ney Franco (ex-Atlético e que estava noBotafogo). Mas ele passou para o auxiliar Edison Borges o comando daequipe na partida de hoje. O novo treinador vai apenas acompanhar apartida e só assume ocargo efetivamente na sexta-feira, visando àpartida contra o Fluminense, pelo Brasileirão. No Vitória, a situação éigual. Paulo César Carpegiani foi dispensado na segunda-feira, VagnerMancini foi contratado para o cargo e a equipe em campo será dirigidapor Ricardo Silva.
Apesar de reconhecer a importância da competição, a prioridade noCoritiba é o Brasileirão, em que o Coritiba está em 18º lugar, na zonade rebaixamenbto. “A gente tem que ter consciência de que não está emum bom momento no Brasileiro”, disse o meia Pedro Ken. “A Sul-Americanaé importante também, a gente sabe que torcida esperava um título, mas,na situação momentânea, o Brasileiro se torna mais importante”.
Por causa da definição de prioridades, Edison Borges, a quem caberácomandar o Coritiba, resolveu poupar três titulares — os defensoresJéci e Jaílton e o meia Marcelinho Paraíba. Os respectivos substitutossão Pereira, Démerson e Guaru (ou Renatinho). “Conversamos com acomissão técnica e com os atletas. Alguns estão sentindo doresmusculares, outros estão lesionados”, falou o interino. “Eles expuseramo que estavam sentindo, e tomamos a decisão. Para nos é importante oVitória, mas também é o Fluminense”.
Outro desfalque é o volante Leandro Donizete, que passou por umacirurgia para reimplantar dois dentes quebrados e está vetado. Dessaforma, Borges ainda tem dúvidas para definir a equipe. “começamos com oCarlinhos na ala ou no meio, e na frente trabalhamos com o ThiagoGentil e o Bruno Batata. Na zaga a dúvida fica entre Felipe eDemerson”, disse.
Borges diz não temer que eventuais problemas na partida (como umaderrota) possam atrapalhar a transição do cargo para as mãos de NeyFranco. “Como a gente é funcionário do clube, tem que esperar para vercomo as coisas vão andar”, declarou. Ele também diz não temer ficarrelegado, já que Franco tratá dois auxiliares consigo. “Coloquei eletotalmente à vontade. Se amanhã tiver que sair, saio de cabeça erguida.Se for para continuar, continuo. Vou aceitar qualquer decisão comtranquildade”.

O adversário
Anunciado ontem como novo técnico do Vitória, Vágner Mancini estará no estádio Barradão, mas vai apenas assistir à partida contra o Coritiba. O comando do time ficará a cargo do interino do Vitória, Ricardo Silva. resolveu abandonar o esquema com três zagueiros, adotado pelo ex-técnico  Paulo César Carpegiani. Com isso, Fábio Ferreira deve ceder a vaga ao veterano meia Jackson (ex-Coritiba). O interino espera assim que a equipe fique mais ofensiva.

Em Salvador
Vitória – Gléguer; Apodi, Anderson Martins, Wallace e Leandro; Vanderson, Uelliton, William e Leandro Domingues; Jackson e Roger. Técnico: Ricardo Silva

Coritiba – Edson Bastos: Cleiton, Pereira e Démerson (Felipe); Márcio Gabriel, Douglas Silva, Pedro Ken, Carlinhos Paraíba e Guaru (Renatinho); Marcos Aurélio e Bruno Batata (Thiago Gentil). Técnico: Edison Borges

Árbitro: Carlos Galeano (PAR)
Local: Estádio Barradão, em Salvador, hoje, às 19h15