São Paulo, 16 (AE) – A humanidade está mais pessimista em relação àsegurança e à prosperidade econômica, segundo pesquisa divulgada ontempelo Fórum Econômico Mundial e realizada pelo Gallup International com55 mil pessoas em 60 países, representativas de uma população de 1,5bilhão.

Uma parcela de 48% dos entrevistados acha que a próxima geração viveránum mundo um pouco mais inseguro ou muito mais inseguro, o que secompara com apenas 26% que consideram que a próxima geração vai vivernum mundo um pouco mais seguro ou muito mais seguro. Outros 20% achamque o nível de segurança permanecerá o mesmo. É o quarto ano seguido emque a pesquisa é realizada.

O Fórum Econômico Mundial é a organização responsável pelos encontrosanuais em Davos, na Suíça – o próximo começa no dia 25 de janeiro -,nos quais lideranças do mundo político, empresarial, intelectual ereligioso se reúnem para uma maratona de debates.

Na Europa ocidental, a região mais pessimista, 68% acham que o mundoserá menos seguro, ante apenas 10% que pensam o contrário. As Américassão a segunda região em pessimismo, com 59% prevendo mais insegurança,e 15% apostando num mundo mais seguro.

Entre os norte-americanos, aqueles números são de, respectivamente, 64%e 11%. No Iraque, a proporção dos que previam um mundo mais seguro paraa próxima geração caiu de 61% em 2005 para 36% em 2006.

Em termos de prosperidade econômica, 40% de todos os entrevistadospreviram que a próxima geração viverá em um mundo mais rico, comparadoa 31% que previram um mundo mais pobre. A Europa ocidental é de novo aregião mais pessimista, com apenas 19% prevendo um mundo mais próspero,e 53%, o contrário.

Nos Estados Unidos, 26% crêem em mais prosperidade para a próximageração e 37%, em menos. O otimismo econômico na Ásia é bem maior, com53% prevendo um mundo mais próspero, número que chega a 86% nas seiscidades chinesas incluídas na pesquisa.

A pesquisa mostrou também que os cidadãos do mundo preferem os líderesempresariais aos políticos, considerando que os primeiros são maiscompetentes, éticos e honestos. Uma parcela de 81% dos africanosconsidera seus líderes políticos desonestos número que atinge 90% naBolívia, 89% no Peru e Equador, 80% na Venezuela e 63% na Argentina.

Na Europa, esse número é de 60%, e nos EUA, de 52%. As duas principaisprioridades dos políticos, segundo os entrevistados, deveriam sereliminar a pobreza e reduzir as guerras.