O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, saiu ontem em defesa do discurso feito na segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff, quando ela atacou os altos juros cobrados pelos bancos privados. A presidente Dilma respondeu à nossa reunião, feita há um mês, onde colocamos que ela tinha que ter mais ousadia com o sistema financeiro. Ela tinha de cobrar mais a redução do spread bancário e utilizar os bancos públicos para isso, disse o sindicalista, que participou da festa de 1º de Maio organizada pela central, na capital paulista. O dirigente disse que a postura da presidente tende a encaminhar o País para uma grande reforma tributária, onde se privilegie os geradores de emprego e se puna os especuladores.

União
O recém nomeado ministro do Trabalho Brizola Neto (PDT-RJ), disse que agora é o momento de reafirmar a unidade do partido e o apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff. Brizola Neto assume o lugar o ex-ministro Carlos Lupi, também do PDT, demitido há cerca de cinco meses da pasta por suspeita da corrupção. Sua escolha, no entanto, não agradou totalmente ao PDT. A respeito das críticas da cúpula do partido, Brizola afirmou: É natural do processo da escolha que surjam articulações e preferências. O futuro ministro qualificou como pequenas divergências a resistência da base de seu partido à sua nomeação.

Órgãos
A vendedora Josiane Angélica dos Santos, de Rancharia, no interior de São Paulo, denunciou à polícia que seu filho, Enzo Gabriel Balbino, de um ano e dois meses, pode ter tido todos os órgãos do corpo retirados sem autorização depois de uma cirurgia no Instituto Estadual Dante Pazzanese, em São Paulo. A criança, portadora de uma doença cardíaca congênita, foi transferida para São Paulo em 16 de abril e morreu no último sábado. Desconfiada de erro médico, a família de Josiane registrou Boletim de Ocorrência de morte suspeita no 36º DP da Vila Mariana e exigiu que o corpo passasse por necropsia no Instituto Médico Legal (IML).

Explosão
Depois de usar explosivos para abrir um rombo na parede de uma das celas da Cadeia Pública de Serra Negra, a 142 km de São Paulo, os 26 ocupantes do xadrez tiveram uma frustração. O buraco aberto pela bomba era estreito demais e não permitia a passagem de uma pessoa. Nenhum dos presos conseguiu escapar. Inconformados, os detentos iniciaram um tumulto e a cadeia foi cercada pela Polícia Militar.