A greve dos professores das universidades federais do País vai completar um mês no domingo. Ainda sem acordo, a categoria espera uma nova proposta do Ministério do Planejamento. Até o momento, todas foram rejeitadas pelos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). São 51 em greve em todo o País, inclusive a Universidade Federal do Paraná (UFPR). Se a greve durar mais, até mesmo o vestibular da instituição pode ficar prejudicado.
Segundo o secretário geral da Associação dos Professores da UFPR (Apufpr), Rogério Miranda Gomes,  há o risco de a paralisação nacional afetar tanto os alunos da UFPR, com a perda do semestre, quanto os vestibulandos. Rogério, porém, frisa que tudo depende do governo. Tem risco (de não acontecer o vestibular) dependendo do tempo da greve. Podemos perder o semestre e adiar ou até mesmo suspender o vestibular. Tudo depende do Governo Federal, disse durante uma manifestação que reuniu, ontem, professores, servidores técnico-administrativos e estudantes da UFPR, UTFPR e IFPR.
Já a direção do Núcleo de Concursos da UFPR, respondeu que não há risco de que o vestibular da Federal deixe de acontecer neste ano, mesmo se a greve de docentes e servidores se estender por mais tempo. Por enquanto, disse o Núcleo, por meio de sua assessoria de imprensa, as datas estão mantidas.

A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira. Uma nova rodada de negociação está marcada para terça-feira.
Na UFPR, os estudantes ligados do Diretório Central dos Estudantes (DCE) também deflagraram greve. Os servidores técnico-administrativos da Federal e da Tecnológica também estão parados desde a segunda-feira. Em praticamente todas as unviersidades federais o semestre já está comprometido, mesmo que professores e governo entrem em um acordo na terça que vem. Apesar disso, alguns cursos da área de exatas da UFPR continuaram a ter aulas normalmente nas primeiras semanas.