A Assembleia Legislativa terá um orçamento de quase meio bilhão de reais em 2013. O valor exato, de R$ 494,7 milhões, equivale a um gasto de mais de R$ 9,1 milhões para cada um dos 54 deputados estaduais. E pode ser aumenta maior dependendo da evolução das receitas do Estado durante o ano.
Isso acontece porque por lei, o Legislativo tem direito a 1,8% do total das receitas do Estado. O que significa que se a arrecadação for superior ao previsto na lei de Orçamento, a Assembleia tem direito a um aumento de recursos proporcional a esse excedente.
Essa fórmula explica também o motivo da Casa ter devolvido R$ 200 milhões ao Executivo nos últimos dois anos – R$ 90 milhões em 2011 e R$ 110 milhões em 2012. E de prever desde já a devolução de outros R$ 140 milhões até o final do ano.
Na prática, mesmo que essa devolução se confirme, os gastos da Casa têm aumentando ano a ano. Em 2011, o Orçamento do Legislativo estadual era de R$ 315,9 milhões, passou a R$ 422,7 milhões em 2012, chegando aos R$ 494,7 milhões para este ano. Descontada as devoluções de recursos, os valores chegam a R$ 225,9 milhões em 2011, e R$ 312,4 milhões no ano passado. Para 2013, o valor do gasto final chegaria a R$ 354,7 milhões, caso se confirme a devolução dos R$ 140 milhões prometidos.
Em 2012, a Assembleia aumentou de R$ 60,1 mil para R$ 78,5 mil mensais a verba que cada parlamentar tem direito para pagar até 23 assessores contratados em cargos comissionados – preenchidos livremente por indicação política, sem concurso público – e que geralmente servem para acomodar cabos eleitorais que atuam nas bases políticas dos deputados. Esse aumento de 30% representou um custo adicional de R$ 12,1 milhões ao ano para o Legislativo. Cada deputado terá quase R$ 1 milhão, ou exatos R$ 942 mil até o final do ano para pagar esses assessores.
A Casa também elevou de R$ 27,5 mil para R$ 31,4 mil mensais a verba de ressarcimento a que cada deputado tem direito para custear gastos com telefone, combustível, transporte e alimentação, um aumento de 14,4%, com um custo adicional de R$ 2,7 milhões por ano. 
Com a medida, cada deputado paranaense passou a ter à sua disposição um total de R$ 129.925,00 mensais. O valor inclui R$ 20 mil de salário, mas as verbas de gabinete, ressarcimento e contratação de assessores.
Na prática, os deputados estaduais paranaenses têm, em alguns casos, um total de verbas superior aos parlamentares federais. Na Câmara e no Senado, a verba de ressarcimento varia de acordo com o estado de origem do parlamentar, por conta do custo das passagens aéreas que é diferente de acordo com as distâncias de deslocamento. Representantes do Distrito Federal ficam com a menor cota (R$ 23 mil). Já Roraima tem o maior valor: R$ 34,2 mil.
O total de verbas dos deputados do DF, por exemplo, é de R$ 124,7 mil mensais, o que inclui uma cota para gastos com gráfica de R$ 15 mil. A verba de ressarcimento dos deputados federais paranaenses é de R$ 29 mil mensais, inferior, portanto, a dos deputados estaduais.