Dados da contabilidade do governo mostram que no primeiro quadrimestre de 2013, a receita do Estado cresceu significativamente, mas os gastos subiram em proporção bem maior, o que explica as dificuldades de caixa que Paraná atravessa neste início de ano. Segundo números do Sistema Integrado de Acompanhamento Financeiro (SIAFI) da Secretaria de Estado da Fazenda, entre janeiro e abril deste ano, a receita aumentou 13,79%, enquanto as despesas se elevaram em 20,6%. E entre os itens que mais pesaram nesta conta está a folha de pagamento de pessoal, que cresceu 23,55% no período. Esses números devem ser discutidos amanhã, em audiência pública do secretário de Estado da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, de prestação de contas do governo na Assembleia Legislativa. A audiência ocorre em um momento de intenso debate sobre a situação financeira do Estado, que levou inclusive o governo a propor o parcelamento do reajuste dos salários dos servidores, em projeto que acabou tendo sua votação adiada para esta semana. Segundo os dados disponíveis até a última sexta-feira, entre janeiro e abril deste ano o governo teve uma receita total de R$ 10,3 bilhões, contra R$ 9,064 bilhões arrecadados no mesmo período de 2012.
Os gastos, porém, saltaram de R$ 8,631 bilhões no primeiro quadrimestre do ano passado para R$ 10,410 bilhões no mesmo período deste ano. Entre as despesas que mais cresceram estão a de “Pessoal e encargos”, que nos primeiros quatro meses do ano passado eram de R$ 4,403 bilhões, e chegaram a R$ 5,440 bilhões no primeiro quadrimestre de 2013. Esses números explicam o porquê do governo ter tentado aprovar, na semana passada, uma proposta de parcelamento em duas vezes do reajuste salarial do funcionalismo público estadual, de 6,49%. Apesar do porcentual representar apenas a reposição da inflação do período, o governo pretendia pagar o aumento em duas vezes, sendo 3,2% nos salários de maio e 3,19% no de junho. O impacto mensal seria de R$ 68,7 milhões mensais na folha de pagamento.

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