A mobilização geral dos trabalhadores contra o Projeto de Lei (PL) 4330, do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), chamada de PL da terceirização, deve contar com a participação das principais categorias organizadas de trabalhadores no Paraná, mas com intervalos de paralisação.  Na quinta-feira, dia 11 de julho, Dia Nacional de Luta, as paralisações deverão ocorrer ao longo do dia com ênfase para a manhã e, à tarde, haverá uma ato na Praça Rui Barbosa, Centro de Curitiba, a partir das 16 horas.  As lideranças ainda discutem se haverá marcha dos trabalhadores até o Centro Cívico, sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado.

No entanto, de acordo com os dirigentes sindicais das principais centrais do Estado, cada categoria irá definir o seu modo de protestar e mostrar o descontentamento em relação a PL 4330, que é a PL da precarização do trabalhador, segundo definição da presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR), Regina Cruz. Tem categorias que já afirmaram que cruzarão os braços por meia hora outros por mais tempo, disse ressaltando que os trabalhadores irão realizar manifestações em todos os pontos da cidade.
 No Paraná, além da questão nacional e única contra a PL 4330, os trabalhadores se mobilizarão contra o pedágio, a nomeação de políticos para o Tribunal de Contas do Estado e pela regulamentação da profissão de motorista, esclarece o presidente da Força Sindical do Paraná, Nelson Silva de Souza.

De acordo com os dirigentes da Força e da CUT-PR, as mobilizações já contam com a participação dos bancários, metalúrgicos, trabalhadores do setor de alimentos e bebidas, servidores públicos municipais, frentistas, motoristas e cobradores, contabilistas, químicos, aposentados, têxteis, comerciários, trabalhadores do ramo de asseio e limpeza, empregados do setor da saúde e educação, fiação e tecelagem.

Os lideres sindicais estão percorrendo os locais de trabalho para mobilizar os trabalhadores. Nas últimas quinta e sexta-feiras, a dirigente da CUT-PR, Regina Cruz, se reuniu com os dirigentes regionais de Maringá e Londrina para debater as diretrizes do movimento na região Norte. Já o líder da Força, Nilson Souza, percorreu os portões das fábricas da Volkswagen, Renault, Bosch, Volvo e outras empresas instaladas na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
Em Curitiba os motoristas e cobradores também planejam participar do movimento, mas sem parar por completo. A intenção é realizar uma hora de paralisação.