O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) propôs nesta sexta-feira (2) uma redução de R$ 0,50 no valor da tarifa do transporte coletivo. No entendimento das empresas, ainda há gordura para queimar e reduzir imediatamente o valor cobrado dos passageiros, desde que sejam aumentados os do governo estadual, municipal e de outras secretarias.

Para que a tarifa sofresse mais essa redução, o Setransp propõe que as gratuidades e a taxa de administração da Urbs, que hoje são pagas apenas pelos usuários do sistema e pesam em R$ 0,30 e R$ 0,10, respectivamente, sobre a tarifa, fossem pagas por toda a população. O sindicato também afirma que há uma sobra de R$ 0,18 de subsídios que não foram repassados para o usuário.

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, o advogado do Setransp, Sacha Reck, afirmou que já foi pedida uma revisão dos contratos firmados com a Urbs após a licitação realizada em 2010. A alegação é de que as empresas gastam muito mais do que foi estimado na licitação, pois não são remuneradas de acordo com a realidade.

As empresas estão em uma situação muito difícil, com problemas de caixa. Um trabalho feito por uma equipe da USP mostrou que ao fim do contrato, a taxa interna de retorno das empresas será de -0,62%, diz Reck, que aponta a não recuperação do dinheiro investido no sistema ao longo de 15 anos como o problema.