De acordo com a secretária estadual da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, a superlotação carcerária no estado devia-se ao grande número de detentos com direito a benefícios que continuavam presos porque não tinham assistência jurídica. Para isso foi fundamental a atuação da Defensoria Pública do Paraná, que conta com 150 assessores jurídicos atuando especialmente junto ao sistema penitenciário, e o trabalho articulado dos poderes Executivo e Judiciário, com apoio do Ministério Público do Paraná, ressaltou Maria Tereza.
Durante a exposição, Maria Tereza, que também preside o Conselho Nacional de Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), atribui a queda da superlotação e a redução do número de presos no estado ao uso de uma ferramenta de gestão chamada BI – Business Intelligence, desenvolvido pela Secretaria em parceria com a Celepar (Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná).
O sistema de informática integra os bancos de dados da administração penitenciária aos dados do Poder Judiciário. A integração ajuda a evitar que pessoas continuem dentro de uma prisão mesmo após cumprir pena, pois permite aos magistrados exercer controle mais eficiente do tempo que os presos devem passar efetivamente no sistema carcerário paranaense.