Um temporal no meio da tarde de ontem deixou Curitib a aos pedaços. Chuva forte acompanhada de ventos igualmente fortes e granizo, provocou alagamentos, derrubou dezenas de árvores, postes de energia, placas de publicidade, afetou escolas, empresas e apagou semáforos. Desde o começo da tarde havia registro de chuva em pontos isolados da Capital, mas pouco antes das 15 horas, uma rajada fortíssima de vento e chuva forte, provocou um pandemônio na cidade.

Dezenove bairros onde residem 758 mil pessoas foram mais castigados — Santa Felicidade, Butiatuvinha, Pilarzinho, Cristo Rei, Centro, Centro Cívico, Cajuru, Solitude, Barigui, Alto da Rua XV, Vista Alegre, Alto da Glória, Mercês, Uberaba, Rebouças, Jardim Botânico, São Francisco, Bigorrilho, São João.
Até a noite de ontem, aproximadamente 300 pessoas da Prefeitura de Curitiba e da Defesa Civil estavam nas ruas da cidade, trabalhando para atender às solicitações e minimizar os estragos provocados pelo temporal. Eram equipes da defesa civil, gestão de risco, trânsito, saúde, meio ambiente com remoção de árvores e resíduos, comunicação e administrações regionais. Até as 20h30 não havia registro de desabrigados e já haviam sido distribuídos cerca de 4 mil metros quadrados de lona. Em caso de necessidade, a população deve utilizar os fones 156 e 199 para solicitar ajuda.

No Centro Cívico, várias árvores foram ao chão em poucos minutos de chuva. 250 semáforos em toda a região central ficaram apagados. O trânsito ficou complicado até o meio da noite. Telefones e internet tiveram pane em algumas regiões. Próximo à Prefeitura, uma grande araucária caiu sobre um veículo estacionado.
Na Rodoviária, houve destelhamento parcial no bloco ferroviário e também da sede da Urbs, atingindo inclusive a Central de Controle Operacional (CCO). Três pessoas ficaram levemente feridas e foram atendidas por socorristas da Defesa Civil e depois pelo Siate. O teto que caiu atingiu dois carros, um deles da Secretaria Municipal de Trânsito.
Um balanço parcial mostrava que dez escolas e creches municipais sofreram algum tipo de dano durante a tempestade — destelhamento, quebra de vidros, queda de muros e alagamentos: CMEIs Bracatinga, Centro Civico, Solitude, Mercurio e Portão, as escolas municipais Maria de Lourdes (Jardim Acrópole), Professor Brandão, Anna Hella e Herley Mehl e o Centro de Educação Infantil Issa Nacle (Uberaba).