O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do município de Curitiba, para a faixa de renda familiar de 1 a 40 salários mínimos, foi de 0,45% no mês de janeiro, valor inferior ao observado em dezembro passado (0,61%). A desaceleração ocorre também no cotejo com o mês de janeiro de 2013 em que a taxa foi de 0,79%. 

O comportamento dos grupos de despesas no mês foi marcado, principalmente, pelo aumento em Transporte, devido à majoração dos preços em veículos nacionais usados e novos e pelo grupo Educação, que subiu 6,49%, reflexo da variação da cobrança de mensalidades escolares. 

O grupo Transporte, que variou 1,12%, apresentou aceleração nos preços frente ao mês de dezembro, quando teve elevação de 0,92%. As maiores pressões vieram das altas nos preços de automóvel de passeio nacional usado (1,49%), automóvel de passeio nacional zero km (1,81%), automóvel de passeio importado zero km (1,86%) e passagem aérea (4,36%). 

As despesas com Educação apresentaram forte aceleração em janeiro, com alta de 6,49%, após uma pequena queda de -0,09% em dezembro. Trata-se de uma questão sazonal devido ao reajuste das taxas de mensalidade escolar em especial dos cursos de 3º grau e de nível fundamental, que subiram em média, 9,03% e 8,61%, respectivamente. 

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais, com -1,13% de variação, reverteu o resultado obtido em dezembro (0,86%). Perfumes, que caíram 8,70%, e cremes de pele e bronzeador, com queda de 6,22%, devido a promoções foram os itens de maior influência sobre o grupo. 

Após ter apresentado sucessivas acelerações chegando a uma taxa de 1,17% na 3ª prévia de janeiro o grupo Alimentos e Bebidas desacelerou, fechando o mês com alta de 0,60%. As principais influências foram os aumentos de preços em salgados (8,01%) e laranja pera (13,67%) e as quedas em tomate (-28,93%), leite pasteurizado integral (-5,08%) e leite pasteurizado desnatado (-7,96%). 

O grupo Despesas Pessoais, apresentou em janeiro taxa inferior à apurada em dezembro, passou de -1,58% para -1,00%. Esse freio deveu-se, principalmente, à alta nos preços de cigarros (11,13%). Contribuíram, também, para o resultado do grupo as quedas em pacotes turísticos nacionais (-9,92%) e internacionais (-11,78%). 

Com alta de 0,66%, o grupo Habitação mostra aceleração em relação ao mês anterior, quando teve aumento de 0,36%. O aluguel residencial, com variação de 1,08%, foi o principal destaque. 

Do grupo Vestuário, que caiu 1,12%, as principais contribuições foram blusa e camisa feminina (-7,95%), camisa masculina (-2,46%), calça comprida masculina (-2,41%), vestido adulto (-5,27%), calça comprida feminina (-3,13%) e bolsa feminina (-4,11%). Com alta de preços, destaque para: tênis adulto (8,75%) e sapato e bota femininos (8,19%). Este resultado mostra forte queda em relação ao índice de dezembro (0,51%). 

Os artigos de Residência continuam com seus preços em aceleração, o que normalmente não ocorre nesse período, pois historicamente janeiro é um mês de queda nos preços. Os itens subiram 1,01%, pouca diferença frente ao mês anterior (1,10%). Para este resultado contribuiu principalmente a alta de 30,46% nos preços de ar-condicionado, produto muito demandado devido ao calor incomum e excessivo que tem assolado nossa região. 

As despesas em Comunicação apresentaram forte desaceleração durante o mês de janeiro, fechando com queda de 0,18% ante a taxa de 4,62% do mês anterior. Os itens que mais contribuíram para o resultado mensal foram serviços de telefone celular (-4,91%), aparelho de telefone celular (18,91%), pacotes com telefone fixo/celular/internet (-2,81%) e serviços de telefone fixo residencial (0,96%), sendo as quedas, basicamente, resultado de promoções de operadoras.