O valor da tarifa a ser cobrada na rodovia PR-323, no trecho entre Maringá e Francisco Alves, após a duplicação, será de R$ 3,90. A obra será realizada por meio de Parceria Público-Privada (PPP) e o custo foi apresentado nesta terça-feira (01.04), quando foi aberto o último dos envelopes da licitação, que está escolhendo a empresa que executará as obras e gerenciará a parceria. Serão duplicados 207 quilômetros. Outros 13 já estão duplicados. 

O valor apresentado ainda será analisado pela comissão de licitação e também pela Secretaria Estadual do Planejamento e Coordenação Geral, que após cinco dias úteis, vai homologar o resultado. A vantagem desta parceria é que o Consórcio Rota 323, que está disputando a concorrência, só poderá cobrar a tarifa após fazer as obras de duplicação, que terão viadutos, trincheiras, passarelas e marginais, disse o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho. 

O Consórcio Rota 323, formado por quatro empresas, foi o único grupo a participar da concorrência. O Consórcio é formado pelas empresas Odebrechet Transport, Tucuman Engenharia, Goetze Lobato Engenharia e América Empreendimento. A seguradora Berkley Internacional Seguro do Brasil ficará responsável pelo seguro fiança, necessário para a garantir o andamento da obra. 

A empresa vencedora executará a obra e também fará a operação do corredor (serviços de guinchos e socorro médico), com obras de manutenção e conservação da rodovia. 

OBRAS – Serão feitas a duplicação e os 19 viadutos, 22 trincheiras, 13 passarelas e nove pontes, além de marginais e ciclovias nas áreas urbanas, dentro de padrões internacionais. O trecho é composto por três rodovias estaduais – PR 323, PRC 487 e PRC 272. 

A estimativa do Governo do Paraná é que após a homologação da empresa vencedora, as obras comecem num prazo de 80 dias. Nesta etapa, a atual pista será recomposta e já será preparada dentro do novo padrão, com exigências internacionais. Ao longo deste ano, serão elaborados os projetos executivos e obtidas licenças para execução da duplicação e construção das intersecções. 

Na primeira etapa serão duplicados 162,5 quilômetros, desde Paiçandu até o entroncamento da PR 486, em Perobal. Na segunda etapa começará a duplicação dos outros 44,3 quilômetros, entre Perobal e Francisco Alves. 

O valor total do programa é de R$ 7,7 bilhões e envolve duplicações, melhorias, operação da via e a manutenção ao longo de 30 anos. Destes recursos, R$ 3,6 bilhões serão em investimentos em novas obras de manutenção e conservação e, também, em serviços ao usuário.