Por Jéssica Stuque

SÃO PAULO, SP, 5 de abril (Folhapress) – Usuários de ônibus de Criciúma, cidade no Sul de Santa Catarina, ficaram por duas horas sem transporte coletivo na madrugada de hoje depois do incêndio a coletivos ocorridos na noite de ontem.

Foram quatro incêndios a ônibus no Estado, três em Criciúma e um em Florianópolis. Algumas linhas tiveram seu período de funcionamento reduzido ou foram suspensas –as empresas não informaram quais operações foram interrompidas.

Os ônibus da empresa Forquilhinha, que atua em parte de Criciúma, deixaram de operar entre 4h e 6h. O serviço também será interrompido na madrugada de amanhã, no mesmo período, segundo a empresa, por questões de segurança.

Após os atentados, a Polícia Militar de Criciúma decidiu escoltar ônibus de transporte coletivo. O apoio de policiais começou a ser implantado por volta das 21h, três horas depois do primeiro ataque.

São cerca de 200 viagens de ônibus no perímetro urbano de Criciúma com escolta da polícia. E, segundo a PM, a previsão é que esse número dobre a partir da madrugada da próxima segunda, quando todo o efetivo estará em operação.

Outras medidas para reforçar a segurança também foram tomadas, como o patrulhamento em 12 vias consideradas de risco. Entre elas estão a rodovia Luís Rosso e as avenidas Universitária, Monte Negro e Progresso.

Já em Florianópolis, segundo a PM, não houve solicitação de escolta por parte das empresas de ônibus e a situação está normalizada.

Os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil, que suspeita de uma ligação dos incêndios com a rebelião ocorrida na tarde de ontem no presídio Santa Augusta, em Criciúma.

No início do ano passado, 97 pessoas foram indiciadas sob suspeita de atacar um total de 43 ônibus. A investigação aponta para uma ação ordenada por uma facção criminosa.