O deputado licenciado André Vargas (PT-PR) desistiu nesta terça-feira (15) de entregar a carta de renúncia do mandato à Secretaria Geral da Câmara Federal, conforme ele mesmo havia prometido ontem. A inforrmação é da assessoria de imprensa da Vice-Presidência da Casa. O recuo do parlamentar foi por causa da interpretação do Conselho de Ética da Câmara de que a renúncia não interrompe o processo de cassação que já foi aberto no órgão.

Nota divulgada pela assessoria do parlamentar diz que, “de acordo com a Constituição Federal, a renúncia ao mandato será inócua, pois não surtirá qualquer efeito. Em face disso, o deputado federal André Vargas (PT-PR) está reestudando a hipótese de renúncia”.

O Conselho de Ética instaurou o processo de cassação depois que os partidos de oposição PSDB, DEM e PPS protocolaram representação pedindo a apuração de quebra de decoro parlamentar.

Vargas é alvo de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso em operação da Polícia Federal sob suspeita de participação em esquema de lavagem de dinheiro que movimentou cerca de R$ 10 bilhões. No último dia 2, da tribuna do plenário da Câmara, o deputado chegou a admitir que viajou de maneira “imprudente” em um jatinho fretado pelo doleiro, mas negou ilegalidade na relação com Alberto Youssef. Três dias depois, a revista “Veja” reproduziu mensagens que ele teria trocado com Youssef para tratar de um contrato entre uma empresa e o Ministério da Saúde