Oposição desiste, e Aidar é eleito presidente

Por Rafael Valente

SÃO PAULO, SP, 16 de abril (Folhapress) – O advogado Kalil Rocha Abdalla, 72, desistiu da eleição à presidência do São Paulo, na noite de hoje. Assim, o situacionista Carlos Miguel Aidar, 67, foi eleito presidente do clube até abril de 2017.

Como não deveria ter votos suficientes para vencer, Abdalla abdicou do pleito para impedir a votação da obra de cobertura do Morumbi.

A situação havia incluído na pauta da eleição desta quarta-feira a votação da reforma do Morumbi, que inclui as construções da cobertura, de uma miniarena dentro do estádio e de dois prédios de garagem na parte social.

Para executar a obra orçada em R$ 460 milhões, o São Paulo iria conceder o direito de exploração da miniarena à construtora.

Como é uma obra que envolve um bem patrimonial, a votação precisa de quorum de 75% dos conselheiros -177 dos 255. Na tentativa anterior de votar a obra, em dezembro, não houve quorum.

A oposição é contra a votação da obra junto com o pleito presidencial. Analisou que foi uma medida oportunista para aproveitar o quorum. Além disso, alega que o contrato das obras não foi suficientemente esclarecido aos conselheiros. Deseja debater e realizar a votação em outra data.

Agora, a situação tem de marcar uma data para fazer a votação da reforma.

Aidar irá substituir Juvenal Juvêncio, que ficou no cargo por oito anos consecutivos.

A promessa é fazer uma gestão mais decentralizada, dividindo o comando do clube com outros diretores.

No futebol, a única certeza é que Muricy Ramalho será mantido como técnico. Reforços devem chegar, pois Aidar estipulou como meta a briga pelo título do Brasileiro.

Mas os diretores não devem continuar. Hoje, o departamento de futebol conta com João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente, e Roberto Moreno, diretor. Além de Gustavo Oliveira, gerente e único remunerado. Ele pode ser o único a permanecer do trio.

Despedida

Avesso a demonstrar seus sentimentos em público, o presidente são-paulino Juvenal Juvêncio, 80, chorou no último dia da sua gestão no clube.

O cartola foi homenageado pelos conselheiros do São Paulo, que fizeram um discurso exaltado os oitos anos de gestão de Juvenal e o presentearam com um bolo com o escudo do clube.

A homenagem foi feita antes do início da eleição para definir o novo mandatário.