SÃO PAULO, SP, 20 de abril (Folhapress) – Pelo menos duas pessoas morreram na madrugada de hoje em um ataque contra um posto de controle pró-russo nos arredores da cidade insurgente de Slaviansk, na região de Donetsk, segundo a agência de notícias Reuters.

O canal de televisão russo Vesti, bem como outros veículos de imprensa russos, falam em pelo menos cinco mortos.

“Três moradores de Slaviansk morreram esta noite pelas mãos de desconhecidos que atacaram um posto de controle no norte da cidade. Outra pessoa que ficou gravemente ferida foi hospitalizada”, assinalou a emissora.

Além disso, ela afirma que outros dois agressores morreram durante o ataque, ação que a resistência pró-russa de Donetsk considera uma ruptura da trégua declarada pelos rebeldes e as forças de segurança por ocasião da Páscoa ortodoxa.

“Os milicianos de autodefesa chegaram ao local com rapidez e, ao responder ao fogo inimigo, mataram dois dos agressores”, acrescentou.

Segundo a fonte, as forças de autodefesa conseguiram se apoderar dos dois carros, em cujo interior encontraram simbologia do grupo ultranacionalista Setor de Direitas, a força de choque nos distúrbios ocorridos em Kiev em fevereiro passado que acabaram com a derrocada do presidente Viktor Yanukovich.

Além disso, acharam armas e explosivos que não estão no arsenal das Forças Armadas ucranianas, e outros equipamentos para visão noturna de fabricação americana.

Até o momento, no entanto, as autoridades ucranianas confirmam apenas uma morte.

O prefeito autoproclamado de Slaviansk decretou um toque de recolher no local, reduto dos ativistas pró-Rússia, e pediu uma intervenção de Moscou para defender população de um grupo paramilitar nacionalista ucraniano.

“O toque de recolher entra em vigor hoje. Da meia-noite às seis da manhã está proibido circular nas ruas”, declarou Viacheslav Ponomarev, para quem “apenas a Rússia pode proteger” a população local do movimento de extrema-direita Pravy Sektor.

“Lembramos que na véspera a resistência anunciou uma trégua durante as festas. Agora, a trégua é quebrada. Avaliamos a ação como uma provocação”, assinalou um porta-voz rebelde.