Um novo grupo do Programa Mais Médicos que chegou para trabalhar em Curitiba foi recepcionado nesta quinta-feira (24) pelo secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, e pelo diretor do Departamento de Atenção Primária em Saúde, Paulo Poli Neto. São dez médicas cubanas que chegaram à cidade durante o feriado de Páscoa e que, até o início de maio, estarão atuando nas unidades. Com elas, 32 profissionais estão atuando pelo Mais Médicos em Curitiba e a expectativa é de que, nos próximos dias, outros dez médicos venham reforçar o trabalho na rede básica.

No início da semana passada, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, veio a Curitiba para recepcionar 295 profissionais do programa que chegaram para atuar em diferentes cidades paranaenses. Na capital, as profissionais irão atuar em unidades dos distritos sanitários Pinheirinho, CIC, Cajuru, Boqueirão, Boa Vista e Bairro Novo.

Vocês irão trabalhar em áreas de grande demanda, onde é necessário ampliar a assistência médica à população. Pela experiência dos médicos que chegaram no ano passado, sei que vocês vão fazer um grande diferencial no atendimento, fazendo Medicina não apenas de forma técnica, mas com amor e afeto, comentou Massuda.

Paulo Poli falou sobre a rotina das unidades de saúde de Curitiba, horários de funcionamento e os horários exclusivos que os médicos do programa têm para se dedicar aos estudos e à especialização.

A médica Leydis Mourlot, de 34 anos, disse que esse tipo de missão faz parte da rotina dos médicos cubanos, até pela experiência que possuem na área de saúde pública. Mesmo assim, ela contou que passaram por cursos do Ministério da Saúde para aprimorar a Língua Portuguesa e receber treinamentos sobre doenças que não fazem parte do perfil epidemiológico da população cubana. Estamos conhecendo algumas doenças parasitárias aqui, mas vamos trabalhar com muita dedicação para atender a população de Curitiba, enfatizou, em nome de todo o grupo.

Formação

Os profissionais do Mais Médicos cursam especialização em atenção básica, com acompanhamento de tutores e supervisores. Além da ampliação imediata da assistência em atenção básica, o programa prevê ações estruturantes voltadas à expansão e descentralização da formação médica no Brasil.

Em todo o Brasil, a meta estabelecida pelo programa foi atingida recentemente, com um total de 13.325 médicos alocados em todas as regiões brasileiras. Mais de 70% desses profissionais estão alocados em regiões como o semiárido nordestino, periferia de grandes centros, municípios com IDHM baixo ou muito baixo e regiões com população quilombola, entre outros critérios de vulnerabilidade.

Em relação à distribuição por região, o Sudeste e o Nordeste concentram o maior número de profissionais, com 4.167 e 4.162 médicos respectivamente. O Sul conta com 2.252, seguido do Norte (1.771) e do Centro-Oeste (883). Outros 305 médicos estão atuando em distritos indígenas.