O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) para acompanhar a evolução dos 5.565 municípios brasileiros, revelou em sua 6ª edição que 367 dos 399 municípios paranaenses (92%) apresentam pontuação superior a 0,6 ponto, frente a 60,7% observados em nível do ranking nacional.  Isso foi possível graças ao avanço registrado de 62,7% das cidades do estado. As primeiras colocadas no ranking estadual foram Curitiba (1ª) e Maringá.

 

Com recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM avalia as condições de Educação, Saúde, Emprego e Renda de todos os municípios brasileiros. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada cidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.

 

Os resultados obtidos têm base em informações oficiais dos ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego. Nesta edição foram utilizados os dados de 2011, o que permite a comparação do desenvolvimento dos municípios com o ano de 2010 – último ano da primeira década do século XXI. A metodologia foi aprimorada para captar os novos desafios do desenvolvimento brasileiro. O principal incremento foi situar o Brasil no mundo, com base em padrões de desenvolvimento encontrados em países mais avançados.

 

Das três vertentes, é em Saúde que o Paraná apresenta o melhor resultado, com 215 municípios, ou 53,9%, em alto grau de desenvolvimento. Há ainda 165 cidades (41,4%) com o IFDM Saúde em nível moderado, e 19 (4,8%) com conceito regular. Além disso, são 61 cidades com pontuação acima dos 0,9 ponto, sendo que os municípios de Cambira (0,9921) e Serranópolis de Iguaçu (0,9852) são destaques do estado pela presença na lista dos Top 10 do Brasil no IFDM Saúde.

 

Já na vertente Educação, 92 cidades (23,1%) apresentaram alto desenvolvimento; 302 (75,7%) registraram índices moderados, enquanto as últimas cinco (1,3%) se classificaram no conceito regular. O IFDM Educação foi a variável que mais cresceu frente à medição anterior: 270 cidades paranaenses (67,7%) evoluíram, impulsionadas por melhorias no indicador de distorção idade-série que se elevou em 80,2% dos casos. O destaque ficou com a cidade de Mandaguari (0,9127), primeiro lugar do IFDM Educação do Paraná e a única com pontuação acima de 0,9 ponto.

 

Na vertente Emprego e Renda, as cidades paranaenses se concentraram nas classificações intermediárias: 247 (61,9%) registraram desempenho regular e 104 (26,1%) moderado. Nos dois extremos , 37 cidades (9,3%) apresentaram baixo grau de desenvolvimento do mercado de trabalho, ao passo que apenas 11 (2,8%) registraram nota superior a 0,8 ponto (alto IFDM).  Diante de um cenário nacional de redução da atividade econômica, com menor geração de emprego e crescimento de renda, 187 municípios (46,9%) apresentaram declínio do IFDM Emprego e Renda na comparação 2010/2011.

 

Para conquistar uma posição entre os 10 melhores IFDMs do Paraná, os municípios apesentaram no mínimo grau de desenvolvimento moderado nas vertentes Educação e Emprego e Renda, e alto no componente Saúde. Os dois primeiros colocados inverteram suas posições no ranking estadual devido à queda (-0,6%) de Maringá (líder anterior), e ao crescimento de 0,5% da capital Curitiba. O terceiro colocado, Apucarana, conservou sua posição.

 

No ranking dos 10 menores IFDMs, seis municípios permaneceram nessa lista, apenas com algumas trocas de posição: São Jerônimo da Serra, Cândido de Abreu, Nova Laranjeiras, Curiúva, Santa Maria do Oeste e Doutor Ulysses, este na última posição em todo o estado. Mas os recuos mais significativos nesse grupo foram observados nas cidades de Ventania (menos 6,1%) e São João do Triunfo (menos 4,2%). Esses movimentos são explicados principalmente pela expressiva queda do IFDM Emprego e Renda, que atingiu baixo grau de desenvolvimento nessas cidades.