É incrível como cada residência transmite um clima, energia e sentimento. Em cada fase da vida, as pessoas se adaptam as novas mudanças e necessidades. A iluminação faz parte desse processo, e é transformada a cada etapa, fazendo com que os ambientes fiquem cada vez mais práticos e aconchegantes.

As arquitetas Carolina Posanske e Mariana Stockler sinalizam que para cada idade e fase da vida o projeto luminoctécnico deve ser mudado. Os casais jovens buscam uma iluminação mais moderna e intimista, criando ambientes aconchegantes principalmente através de iluminação indireta e pontual. Já famílias com crianças buscam uma iluminação mais dinâmica, com ambientes flexíveis e funcionais.

Para a melhor idade é preciso ter um cuidado especial, eles necessitam de uma iluminação mais adequada, priorizando a qualidade de vida e a funcionalidade dos espaços. O projeto deve levar em conta além da quantidade, a qualidade da luz, principalmente em áreas de leitura e trabalho alertam. As arquitetas revelam que o projeto luminotécnico deve ser feito junto com o layout do ambiente, valorizando os pontos fortes do projeto de interiores e buscando a funcionalidade do espaço. Para gerar conforto visual é preciso entender as necessidades e para quais tarefas o espaço vai ser utilizado. A iluminação é capaz de gerar efeitos, hierarquizar ambientes e elementos a partir do uso de iluminação pontual ou difusa e dos tipos de luminárias e lâmpadas.

Para a arquiteta Ellen Marques, o projeto luminotécnico deve ser pensado para cada ambiente, cliente e situação separadamente, devendo o mesmo atender as necessidades conforme as intensidades. Por exemplo, para um quarto de um bebê, trabalhar com uma intensidade mais fraca, deixando o ambiente mais aconchegante é aconselhável para não ferir  a vista do bebê. Na idade de estudante a necessidade será uma iluminação mais forte para uma bancada de estudos, enquanto na fase adulta, em um quarto de casal, é aconselhado não trabalhar com iluminação direta para gerar ambientes aconchegantes.

Na fase da melhor idade o ideal é trabalhar com a iluminação um pouco mais forte para que se ilumine objetos e mobiliários, evitando acidentes. Outra sugestão é também trabalhar com sensores pela casa para facilitar a locomoção dentro da residência.

AS VANTAGENS DE CADA TIPO DE LÂMPADA
A escolha da lâmpada mais adequada para cada uso e ambiente influencia diretamente no conforto visual. Quatro tipos de lâmpadas são os mais usados em áreas residenciais: incandescentes comuns e halógenas, fluorescentes e de LED. Além de conhecer as vantagens e desvantagens de cada tipo (veja o álbum acima), é importante levar em conta a temperatura de cor da lâmpada. Medida em graus Kelvin (K), tal temperatura exprime a “aparência” da luz que, em uma escala simplificada, pode ir de um espectro amarelado (menor Kelvin) a uma luz branco-azulada (maior Kelvin). Para locais de relaxamento, por exemplo, são indicadas as lâmpadas amareladas, enquanto espaços de trabalho precisam de luz neutra ou azulada.

Os empresários Alessandra Abage Gomes e Jorge Abage Filho, que dividem o comando da loja Irmãos Abage, orientam que a preocupação com bem-estar é a base para qualquer projeto luminotécnico. Em nossas lojas oferecemos uma diversidade de produtos de iluminação para todos os gostos, bolsos e estilos. A nossa preocupação é oferecer sempre qualidade e conforto para o cliente, explica Alessandra. Pensando nesse conceito, a iluminação pode ser direta (distribuída de forma geral), indireta (luz suave, cuja fonte não é visível) e pontual (focalizada em apenas um objeto). Cada cômodo exige uma aplicação de luzes específica.  A decoração do quarto e da sala, por exemplo, precisa ter elementos que despertem sensação de conforto e provoquem bem-estar. Portanto, é melhor evitar a lâmpada fluorescente branca, mesmo que ela seja econômica. Independente das fases da vida, a iluminação fará toda a diferença oferecendo praticidade e conforto. Por isso, investir no segmento é algo duradouro e atemporal.