O faturamento real (descontada a inflação) dos estabelecimentos comerciais de varejo paranaense, na definição ampliada (que contempla, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção) recuou 2,3% em maio de 2014 no confronto com maio de 2013. No mesmo período, o faturamento no Brasil registrou avanço de 0,9%, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Paraná e São Paulo (-4,0%) assinalaram as únicas retrações entre os estados. Os setores que mais contribuíram para o recuo nas vendas do Estado foram equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-41,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-26,3%), veículos, motocicletas, partes e peças (-11,6%) e material de construção (-3,6%).

No acumulado de janeiro a maio de 2014, as vendas reais do comércio paranaense reduziram em -0,2%, ante acréscimo de 1,4% na média nacional. As principais contribuições negativas vieram dos ramos de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-27,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-13,4%), veículos, motocicletas, partes e peças (-7,1%), móveis (-2,6%) e material de construção (-0,9%).

No indicador acumulado em doze meses, encerrados em maio de 2014, as vendas reais do comércio regional continuam superando o resultado nacional, com ampliação de 3,5%, contra evolução de 2,2% para o País. O desempenho paranaense foi puxado pelo aumento nas vendas de combustíveis e lubrificantes (11,6%); eletrodomésticos (11,0%), artigos farmacêuticos e de perfumaria (10,1%) e artigos de uso pessoal e doméstico (9,5%).

Na mensuração restrita (que não considera os ramos de veículos, motos e material de construção), o volume de vendas no Paraná expandiu de 5,1% no mês de maio, 4,9% no acumulado do ano e 6,9% em doze meses (terminados em maio). No Brasil, o faturamento comercial mostrou variação de 4,8% no mês, 5,0% no ano e 4,9% em doze meses.

A combinação entre elevação dos juros e inflação alta contribuiu para a desaceleração observada nas vendas do comércio paranaense. Em meio a um ambiente econômico nacional desfavorável, no qual os salários são corroídos pela inflação, as famílias encontram-se endividadas e menos propensas a consumir.