Carlo Bergonzi, um dos tenores de ópera mais ilustres do século 20, morreu nesta sexta-feira (25), em Milão, aos 90 anos. Sua morte foi confirmada por Stefan Zucker, presidente da Bel Canto Society, dedicada à história do canto lírico, ao jornal “The New York Times”.

O italiano era considerado um dos intérpretes mais importantes de Verdi. Em seus 40 anos de carreira, ele se apresentou nos grandes palcos do mundo, do Scala de Milão ao Metropolitan Opera de Nova York, em papéis de tenor da ópera italiana –Don Carlo, Radames, Hernani ou Otello– ao lado de artistas como Maria Callas ou Montserrat Caballé.

Bergonzi começou sua carreira como barítono e alguns anos depois se tornou tenor, sempre com o cuidado de não forçar sua voz e assim passado de seus limites naturais. Com isso ele escapou do desgaste vocal que costuma forçar a maioria dos cantores a se aposentar com 50 anos; Bergonzi, ao contrário, continuou a se apresentar até os seus 70 anos. Sua discografia compreende ao menos 25 óperas e as 31 árias para tenor compostas por Giuseppe Verdi.