SÃO PAULO, SP – O Exército de Israel declarou neste sábado (2) a morte do tenente Hadar Goldin, 23, que os israelenses diziam ter sido sequestrado por combatentes do grupo radical palestino Hamas em confronto na manhã da última sexta-feira (1º).
Em comunicado, os militares afirmam que que o soldado “foi morto em combate na faixa de Gaza”, mas não confirmam se ele foi morto durante o confronto com o Hamas ou após o incidente. Também não disseram se o corpo foi recuperado.
O desaparecimento de Goldin aconteceu durante um confronto entre militantes das Brigadas al-Qassam (braço armado do Hamas) com soldados do Exército de Israel que estavam destruindo um túnel clandestino perto de Rafah, no sul de Gaza.
Na ação, dois soldados israelenses tinham sido mortos e o Estado judaico dizia que o tenente havia sido sequestrado pelo Hamas. Para Israel, esse foi o momento em que foi quebrado o cessar-fogo de 72 horas decretado entre as duas partes.
O grupo radical palestino confirmou a ação, mas alegou que tinha sido antes do início da trégua. Quanto ao desaparecimento do soldado, deu diversas versões conflitantes desde a tarde de sexta-feira.
Inicialmente, as Brigadas al-Qassam haviam assumido o sequestro, enquanto o braço político do Hamas não confirmou nem negou a captura. Horas depois, tanto o lado militar quanto o político disseram desconhecer o paradeiro do soldado.
Neste sábado, o braço armado do Hamas publicou uma nota em que afirmou ter perdido o contato com seus combatentes na área de Rafah, a mesma onde Goldin teria desaparecido, e afirma que todos eles morreram após um bombardeio de Israel.
SEM PARAR
Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e o Hamas afirmaram que os combates na faixa de Gaza devem seguir pelos próximos dias.
Em discurso na TV, Netanyahu disse que os militares já tiveram “avanços significativos” na destruição de túneis clandestinos do Hamas, mas negou o fim da ofensiva.
“Nós atuaremos até que nosso objetivo de restaurar a segurança seja atingido. Usaremos o tempo e a força que forem necessários”.
Horas depois, o porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum, disse que o grupo “continuará a resistir até que nossos objetivos sejam atingidos”.
Com a morte do tenente, chega a 64 o número de mortos do lado de Israel durante a operação Margem Protetora, iniciada em 8 de julho. Do lado palestino, já são 1.670 mortos.
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