EDUARDO OHATA SÃO PAULO, SP – A delegada Fabiana Aparecida Aceto, da delegacia de Franco da Rocha, mudará a acusação sobre o vereador de Francisco Morato e membro da Gaviões da Fiel, Gilberto Torres Pereira, de “tentativa de homicídio” para “homicídio”, após a confirmação da morte cerebral do torcedor palmeirense Gilberto Torres Pereira, 31. “Acabei de ir ao hospital, onde me confirmaram a morte [cerebral] de Pereira. Vou mudar a acusação de tentativa de homicídio para homicídio, estou aqui no fórum para isso”, informou a delegada à reportagem. A delegada havia encaminhado na terça-feira (19) ao fórum pedido de prisão preventiva de Faustino, também conhecido como Capá. Candidato a deputado estadual pelo PT, Faustino envolveu-se no domingo (17) em briga na qual Pereira, 31, sofreu graves lesões e foi submetido a cirurgia. Ele estava internado em estado grave na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital estadual de Franco da Rocha. A mãe de Pereira, Maria de Lourdes Torres, já havia afirmado que os médicos haviam alertado que “só por milagre” seu filho sobreviveria. Ela disse que buscará justiça para os responsáveis pelas agressões a seu filho. Seis torcedores envolvidos na briga haviam sido presos em flagrante -dois corintianos e quatro palmeirenses. A dupla de corintianos, sob acusação de tentativa de homicídio, rixa qualificada e provocar tumulto. É a mesma acusação que pairava sobre Faustino e que agora se agrava após a morte cerebral de Pereira. Os palmeirenses foram acusados de causar lesão corporal, rixa qualificada e causar tumulto. Um corintiano detido é assessor de Faustino e outro mora no mesmo endereço de uma assessora do vereador. A delegada pediu a prisão preventiva para os seis pois seus advogados poderiam pedir o relaxamento dos flagrantes. O inquérito foi encaminhado ao fórum para ser submetido à apreciação do juiz, que poderá ou não, acatar o pedido de prisão de Capá. A reportagem tentou contato com Faustino em seu celular, mas um homem que o atendeu informou que ele não estava. Uma mulher que atendeu o telefone fornecido por seu advogado, Thiago Coscia, primeiramente informou que ele não estava, e depois disse que o telefone não era de Coscia. ELEIÇÃO O PT (Partido dos Trabalhadores) criou uma comissão especial, composta por membros da Executiva, para investigar o caso. Segundo nota assinada pelo presidente do diretório estadual do partido, Emidio de Souza, “o PT-SP repudia veementemente os atos de violência cometidos em Franco da Rocha”. Na sequência, a nota informa que “o PT-SP reafirma sua rejeição absoluta a qualquer tipo de violência e que, provada a participação de algum filiado seu nestes atos, tomará as providências cabíveis”.