SÃO PAULO, SP – Dois indicadores divulgados nesta quarta-feira (27) mostram que as empresas brasileiras estão com dificuldade em pagar seus débitos. O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas registrou crescimento de 12,9% em julho deste ano, na comparação com junho, e de 11,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Em outro índice, medido pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), a quantidade de empresas com dívidas em atraso cresceu 7,11% no mês de julho, na comparação com o mesmo período do ano passado.
No caso do indicador da Serasa Experian, os títulos protestados e os cheques sem fundos foram os principais responsáveis pela alta do indicador em julho, com variações positivas de 39,5% e 23,1% e contribuições de 8,6 p.p. e 3,7 p.p., respectivamente.
Os economistas da entidade apontam efeitos de calendário e conjunturais para a elevação da inadimplência entre as empresas.
No primeiro caso, a realização da Copa, com feriados e paralisações, deprimiu o número de dias de junho, impulsionando os registros de inadimplência de julho.
Sob a ótica conjuntural, a estagnação da economia, prejudicando a geração de caixa das empresas, e a elevação do custo financeiro foram apontados como causas para maior dificuldade para as empresas honrarem seus compromissos financeiros, elevando os índices de inadimplência em suas comparações anuais.
O valor médio dos cheques sem fundos no acumulado de janeiro a julho de 2014 foi de R$ 2.249,50, uma queda de 9,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor médio das dívidas com os bancos também apresentou declínio de 1,8%, ficando em R$ 4.980,98.