A polícia de Manaus prendeu nesta terça-feira (26), em Manaus, quatro pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato do veterinário Fernando Augusto de Souza Moura, de 63 anos. O mandante do crime foi Dorval Vieira Rodrigues, de 82 anos, que disse ter encomendado o crime por vingança: o veterinário teria doado o cachorro do suspeito.

Dorval é ex-policial civil. Em depoimento, contou que seu cachorrinho de estimação teria sido doado pela companheira ao veterinário, após ela ter sido atacada pelo animal. Rodrigues ainda tentou recuperar o cão, mas o veterinário já havia o doado para uma família do interior. Andei de ramal em ramal em busca do cachorro. Faz muita falta, era como um filho. Me doeu muito, tinha esse cachorro há oito anos”, disse o suspeito.

Para se vingar, Rodrigues armou uma emboscada. No sábado, o veterinário saiu de casa para fazer um atendimento domiciliar perto da Orla do Amarelinho, no bairro Educandos. Desde então, não retornou. Ele foi morto ao entrar em um bote, sendo atingido por um tiro na nuca. Em seguida, seu corpo foi jogado no Rio Negro. A ideia, porém, não era matar o veterinário, mas deixá-lo sem o movimento das pernas.

Paguei para ele [homem conhecido como Zé Canoeiro] fazer o serviço. Queria deixar ele [vítima] numa cadeira de rodas para ele sentir essa dor e nunca mais debochar dos outros. Nunca quis matar ele. Agora ele morreu e não diminuiu a dor pela sumiço do cachorro”, afirmou.

Um dos suspeitos de participar da execução do médico segue foragido.