MÁRCIO FALCÃO E GABRIELA TERENZI
SÃO PAULO, SP – Por unanimidade, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo negou nesta segunda-feira (1°) o pedido de registro de candidatura do deputado estadual Luiz Moura (sem partido -SP) para disputar uma nova vaga na Assembleia Legislativa nas eleições de outubro.
O parlamentar ainda pode recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a decisão. No julgamento do TRE, os juízes entenderam que, como Moura não foi escolhido em convenção do PT, ele não teria direito ao registro.
Moura ficou de fora da reunião do PT, realizada em junho, que definiu os candidatos para a disputa eleitoral deste ano após ser suspenso dos quadros do partido. Ele foi punido depois de ser flagrado pela Polícia Civil em uma reunião com supostos integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
O deputado recorreu à Justiça de São Paulo e conseguiu uma decisão liminar (provisória) para registrar sua candidatura. Ele alegou que não teve direito de defesa contra a suspensão no PT.
Com a movimentação de Moura na Justiça, o PT avançou com processo disciplinar e decidiu expulsá-lo da legenda.
Desde o início do caso, a cúpula petista tenta isolar Moura para evitar que as suspeitas de seu envolvimento com o PCC traga desgaste a candidatura de Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo.
NÚMERO
O TRE paulista determinou ainda que o número de Moura não conste na urna eletrônica, mesmo recorrendo da decisão, uma vez que o número escolhido por Pereira já pertence a um outro candidato petista, Iduigues Ferreira Martins. Moura tem pedido votos com o número 13800.
Além da polêmica sobre o número, Moura tem irritado petistas pela divulgação de “dobradinhas” em material de campanha. Em uma das peças, ele aparece ao lado de Andres Sanchez, principal aposta do partido para puxar votos na disputa eleitoral.